Comprar ou vender?

‘Há poucas esperanças de dividendos consideráveis’, diz Bradesco BBI sobre ação de commodity

27 jun 2023, 13:08 - atualizado em 27 jun 2023, 13:15
Usiminas
Usiminas está mais arriscado para o Bradesco BBI (Imagem: Usiminas/Divulgação)

O Bradesco BBI cortou a recomendação da Usiminas (USIM5) de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 8,3, potencial de alta de 14% ante o último fechamento.

De acordo com os analistas Thiago Lofiego e Renato Chanes, os desafios de curto prazo aumentaram. A dupla projeta queda dos preços do aço, enquanto os custos de produção devem piorar.

“Além disso, a alocação de capital é uma preocupação – falta visibilidade sobre o cronograma e o tamanho de novos projetos (mineração, reformas adicionais do alto-forno e investimento ambiental) e poucas esperanças de dividendos consideráveis no curto/médio prazo aumentam a pressão sobre as ações”, arguementam.

As estimativas para o Bradesco BBI são de um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 2,5 bilhões e R$ 3,4 bilhões para 2023 e 2024, respectivamente, 13% e 8% abaixo do consenso de mercado.

Ainda segundo os cálculos dos analistas, a ação é negociada a 4,3x o múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre Ebitda) em 2023.

Dólar é um problema para Usiminas

A queda do dólar, que acumula tombo de 10% no ano, é mais uma notícia ruim para a Usiminas, dizem os analistas.

Eles observam que se o real se valorizar ainda mais a R$ 4,50, por exemplo, o Ebitda da Usiminas de 2023 e 2024 ficaria em R$ 2,3 e 2,8 bilhões (até 17% abaixo das estimativas atuais), com uma pressão adicional sobre os preços domésticos do aço (queda de 15% até 2023) e resultados de minério de ferro.

Atualmente, o cenário do Bradesco BBI é de um dólar a R$ 4,90.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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