Economia

Haddad leva discurso da taxação de ricos para G20; entenda

13 out 2023, 15:03 - atualizado em 13 out 2023, 15:04
Haddad
Haddad destacou, durante seu discurso no G20, que é preciso que os mais ricos paguem sua “justa cota de impostos”. (Foto: Diogo Zacarias/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em Marrakech (Marrocos), onde está sendo realizado os encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e dos ministros das Finanças do G20. Haddad aproveitou a ocasião para bater, novamente, na tecla de taxação dos ricos.

Em seu discurso no encontro do G20, ele afirmou que é preciso que os mais ricos paguem sua “justa cota de impostos” como uma dos fatores necessários para o Brasil alcançar a agenda proposta para o grupo.

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“Precisamos urgentemente melhorar as nossas instituições financeiras internacionais, fazer com que os mais ricos paguem sua justa cota de impostos, tratar do problema da dívida em um número crescente de países da África, Ásia e América Latina, e, de maneira eficiente, mobilizar recursos públicos e privados para uma economia global mais verde e sustentável”, disse.

Vale lembrar que a equipe econômica tem um projeto de taxação dos super-ricos, que inclui a tributação dos fundos exclusivos e investimentos em fundos offshores.

Planos do Brasil para o G20

Segundo Haddad, a agenda do Brasil para o G20 é ambiciosa, mas realista. Entre as propostas estão:

  • Primeiro: Trabalhar para prevenir riscos por meio da coordenação eficaz entre políticas econômicas e financeiras a nível global. Consideramos isso fundamental para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para zerar emissões liquidas. Daremos especial atenção à promoção de mudanças estruturais nas economias em desenvolvimento e ao combate às desigualdades.
  • Segundo: Aprofundar a reforma das instituições financeiras internacionais para torná-las mais representativas e preparadas para cumprir a sua missão central. Queremos trabalhar para construir Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Maiores, Melhores e Mais Eficazes;
  • Terceiro: Desenvolver uma nova abordagem para uma tributação internacional justa, para além das negociações existentes sobre BEPS, com vista a promover a mobilização de recursos nacionais e internacionais e encontrar soluções para corrigir desigualdades e fechar brechas legais que permitem a evasão fiscal;
  • Quarto: Promover fluxos sustentados de recursos concessionais para países de baixa e média renda e avançar na resolução estrutural de suas pesadas dívidas; e
  • Quinto: Criar mecanismos apropriados de compartilhamento de riscos entre o capital público e privado para promover a mobilização maciça de recursos para transformações ecológicas equitativas.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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