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Hapvida (HAPV3) dispara 15% após balanço do 2T22; Ativa recomenda compra das ações

12 ago 2022, 12:26 - atualizado em 12 ago 2022, 17:10
Balanço da Hapvida veio em linha com as projeções do mercado (Imagem: Divulgação/Hapvida)

As ações da Hapvida (HAPV3) lideravam as altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta sexta-feira (12), após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022.

No fechamento, os papéis da maior companhia do setor no país subiam 15,91%, a R$ 7,65, segundo dados preliminares. Na máxima do dia, Hapvida atingiu os R$ 7,80.

O grupo de medicina e planos de saúde teve lucro líquido ajustado de R$ 241 milhões entre abril e junho, queda de 12% sobre o desempenho de um ano antes. Sem ajustes, a companhia registrou prejuízo de R$ 312,3 milhões.

Segundo a Ativa Investimentos, a Hapvida ainda sofre com margens em decorrência da sinistralidade mais alta que o histórico, diante de um cenário inflacionário. Porém, com menos efeitos da covid e influenza, as margens começam a respirar.

Os números da companhia, com o primeiro resultado consolidando todos os meses de NotreDame, vieram em linha com as projeções do mercado. A Ativa reitera a compra de HAPV3, com preço-alvo em R$ 10,10 — o que implica uma alta de 47,4%.

Resultado mistos

Na análise da Ativa, de positivo, destaca-se a adição orgânica de beneficiários para Hapvida e NotreDame, além da queda trimestral na sinistralidade, “embora ainda longe da média histórica”.

Para Hapvida, a sinistralidade total foi de 68,7%, apresentando uma queda de 2,7 pontos percentuais (p.p.) na comparação trimestral. a NotreDame registrou 80,1%, 2,9 p.p. menor.

Ambas as companhias foram beneficiadas pelo menor efeito da covid e influenza no trimestre, além da maior integração de aquisições recentes, que puxavam a sinistralidade para cima.

Em relação aos beneficiários, o número chegou a 8,9 milhões, crescendo cerca de 140 mil novas vidas e refletindo o “bom desempenho” do setor no período. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento da NotreDame.

“O aumento orgânico dos beneficiários de saúde é extremamente positivo para as empresas que, conforme os ticket passem a aumentar, devem ver expansão mais expressiva da receita líquida”, avaliam os analistas.

De negativo, a Ativa destaca que a companhia segue sem conseguir aumentar seu ticket médio, enquanto o reajuste dos planos individuais só deve começar a ser sentido no próximo trimestre.

O ticket médio da empresa acumula uma queda de 3,2% em relação ao mesmo período de 2021, mas parece inverter esse movimento para os próximos trimestres.

Já a NotreDame sofre menos na comparação anual, obtendo um crescimento de 0,1%, muito em razão da sua menor dependência dos planos individuais, mas que, de qualquer forma, deve passar a se beneficiar do reajuste para os próximos trimestres.

Por fim, os analistas afirmam que o aumento da taxa de juros no período segue pressionando a margem líquida da companhia, que, por sua vez, registrou novamente prejuízo no período.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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