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História para os próximos balanços dos frigoríficos: exportações bovinas caem em 2021, mas receitas cresceram mais

08 jan 2022, 9:15 - atualizado em 08 jan 2022, 10:04
Argentina,Carnes
Exportações de carne bovina caíram em volume, como era esperado ante a paralisação de 3,5 meses dos embarques à China (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

O valor da carne bovina no mercado internacional, mais o ganho em dólar na troca por reais, serviram de atenuantes para a queda do volume total de exportações em 2021 sobre o ano anterior.

Como essa fotografia – 1.867.594 toneladas, menos 7%, e US$ 8,485 bilhões, mais 9% -, bateu no setor exportador, levando-se em conta custos de originação, custos operacionais e o hedge que as empresas costumam fazer, é uma história que tem que ser contada por cada frigorífico nos próximos balanços.

O recuo em volume era esperado, depois que a China ficou 3,5 meses (até 15 de dezembro) sem comprar nada, depois dos casos da vaca louca, a partir de 3 de setembro.

Embora houveram outros mercados importantes também em baixa, como o Egito, as vendas aos chineses do continente e de Hong Kong somaram pouco mais de 950 mil/t, contra 1.182.673 de 2020.

Nos últimos 15 dias de dezembro, ainda seguindo os dados trabalhados pela Abrafrigo, a partir das estatísticas da Secex, os chineses receberam 21.243 toneladas.

O pequeno volume confirma o que Money Times já havia adiantado: tratam-se de carnes de contratos firmados pré-vaca louca, que já haviam sido pagos 40% de adiantamento, e que foram reacionados pelos importadores.

Ainda em 2021, conforme os dados divulgados neste sábado (8) pela entidade representativa dos médios e pequenos frigoríficos, os Estados Unidos se consolidaram na vice-liderança das compras de carne do Brasil, com ganho no produto in natura, desbancando o Chile.

As exportações para os americanos saltaram de 59,5 mil toneladas para 148,1 mil/t de um ano para o outro, um aumento de 148,9%.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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