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Hungria proíbe importação de mel e certos produtos de carne da Ucrânia

20 abr 2023, 10:10 - atualizado em 20 abr 2023, 10:10
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“inclui um total de 25 produtos, dos quais os mais importantes são cereais, colza e sementes de girassol, farinha, óleo, mel e certos produtos à base de carne”, disse Gergely Gulyas (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

A Hungria proibiu as importações de mel e certos produtos à base de carne, além de grãos, da Ucrânia até 30 de junho, disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro na quinta-feira, aumentando a pressão sobre Bruxelas para ampliar medidas propostas em toda a União Europeia.

A Comissão Europeia disse na quarta-feira que tomará “medidas preventivas” de emergência para trigo, milho, sementes de girassol e colza depois que alguns países da Europa Central tomaram decisões unilaterais para proibir as importações de produtos alimentícios da Ucrânia para proteger seus próprios setores agrícolas.

No entanto, Hungria e Polônia disseram que outros produtos também deveriam ser incluídos.

A proibição húngara às importações dos principais cereais e produtos agrícolas “inclui um total de 25 produtos, dos quais os mais importantes são cereais, colza e sementes de girassol, farinha, óleo, mel e certos produtos à base de carne”, disse Gergely Gulyas.

O anúncio do governo veio depois que o ministro da Agricultura da Hungria, Istvan Nagy, exigiu a ampliação de qualquer proibição de importação em toda a UE para incluir “ovos, mel e aves”, em um post no Facebook na noite de quarta-feira.

Nagy também disse à agência de notícias estatal MTI na quarta-feira que a Hungria continuará permitindo o trânsito de grãos ucranianos, garantindo a saída de tais cargas “de maneira controlada”.

“Valeu a pena para a Hungria tomar medidas firmes e proteger os interesses dos agricultores húngaros”, disse ele, referindo-se à proibição, acrescentando que as medidas forçaram Bruxelas a agir.

Um funcionário da UE disse que isso só permitiria que grãos vindos da Ucrânia entrassem nos cinco países se fossem exportados para outros membros da UE ou para o resto do mundo. Essa medida duraria até o final de junho.

O ministro da Agricultura da Polônia, Robert Telus, disse na quarta-feira que as negociações com Bruxelas continuariam no início da próxima semana.

Os países se tornaram rotas de trânsito para grãos ucranianos que não podiam ser exportados pelos portos ucranianos do Mar Negro por causa da invasão pela Rússia.

Os gargalos prenderam milhões de toneladas de grãos nos países que fazem fronteira com a Ucrânia, forçando os agricultores locais a competir com um influxo de importações ucranianas baratas.

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