Hypera (HYPE3): BB-BI eleva recomendação para compra e vê grande potencial nas ações
Após entregar um terceiro trimestre (3T25) que agradou o mercado, a Hypera (HYPE3) teve suas estimativas revistas pelo BB Investimentos, que ajustou o preço-alvo das ações e elevou a recomendação para compra.
O BB-BI agora projeta o papel a R$ 31 ao final de 2026, acima dos R$ 25,80 anteriores, o que representa potencial valorização de aproximadamente 19% frente à cotação atual, de R$ 26,14.
Nesta quinta-feira (27), HYPE3 opera em alta e, por volta de 11h (horário de Brasília), subia 0,5%. No acumulado do ano, a ação já avança mais de 46%. Acompanhe o tempo real.
Resiliência
Em relatório, o BB-BI apontou que os papéis da farmacêutica foram beneficiados pelo fechamento da curva de juros e por uma percepção mais favorável do mercado em relação às varejistas, mesmo em um ambiente ainda restritivo para a atividade econômica.
O banco observa que o cenário macro permanece, sim, desafiador para as empresas do setor, com efeitos mais visíveis no segundo semestre (2S25), mas vê resiliência na performance da Hypera e aposta que o início do ciclo de cortes de juros em 2026 deve impulsionar a demanda.
Lucro acima do esperado
O banco também ressaltou que os resultados do 3T25 da companhia evidenciaram os impactos positivos do processo de otimização do capital de giro.
Entre julho e setembro, a farmacêutica reportou lucro líquido de operações continuadas de R$ 453,9 milhões, número 10% acima da estimativa média de analistas, segundo dados da LSEG, e alta anual de 22,6%.
O Ebitda ajustado ficou em R$ 756,2 milhões, avanço de 34,7% ante o mesmo período de 2024.
Já o endividamento, que vinha sendo citado pelo BB-BI como ponto de atenção, melhorou: a relação dívida líquida/Ebitda caiu para 2,4 vezes, movimento atribuído à evolução operacional.
Nova produção
O relatório também cita a possível queda da patente da semaglutida — princípio ativo do Ozempic — prevista para o próximo ano.
Segundo o , caso a Hypera receba autorização da Anvisa para iniciar a produção já em 2026, o ingresso em um mercado de forte demanda é visto com otimismo, com potencial impacto relevante nos números.
Pontos de atenção
Na outra ponta, entre os principais riscos para a tese de investimentos, o BB cita a desvalorização do real frente ao dólar, que eleva o custo das matérias-primas e pressiona margens.
Além disso, há a possível dificuldade da companhia em renovar e desenvolver seu portfólio de produtos e eventuais mudanças regulatórias que impactem a obtenção de licenças e registros.
Bradesco BBI eleva preço-alvo
Vale lembrar que, no início de novembro, o Bradesco BBI também revisou as projeções e aumentou o preço-alvo de Hypera, de R$ 28 para R$ 30, com recomendação de compra para os papéis.
Na ocasião, os analistas Marcio Osako e Larissa Monte afirmaram que o valuation da companhia segue atrativo, com a ação negociada a 8,8 vezes o P/L projetado para o ano que vem, abaixo da média histórica de 11,5 vezes.
A dupla do banco ainda manteve as projeções para a farmacêutica em 2026: o lucro líquido é estimado em R$ 1,8 bilhão e a geração de caixa deve somar R$ 1 bilhão.