Ibovespa Ibovespa fecha em queda com Vale (VALE3) e derrocada de NY; dólar recua a R$ 5,86
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O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas pela segunda sessão consecutiva, pressionada pela derrocada dos índices de Wall Street, em meio a incertezas sobre aos efeitos da guerra comercial e a escalada da tensão entre Estados Unidos e China. O cenário fiscal doméstico também voltou a preocupar os investidores.
Nesta terça-feira (15), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 128.316,89 pontos, com baixa de 0,72%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8650, com queda de 0,42% sobre o real.
No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Orçamento de 2026, apresentado pelo governo na noite de ontem (15). O projeto prevê uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB, com uma faixa de tolerância que vai de zero até 0,50% do PIB, o que corresponde a R$ 68,5 bilhões. Na prática, o governo estima um superávit de R$ 38,2 bilhões em 2026, dos quais R$ 34,3 bilhões estariam dentro da meta.
“A percepção é de que as propostas de aumento de arrecadação podem estar sobrestimadas e sejam insuficientes para cobrir as despesas do governo médio prazo”, disse Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Altas e quedas no Ibovespa
Entre os destaques do Ibovespa, Vale (VALE3) operou entre as ações mais negociadas do mercado acionário brasileiro pela segunda sessão consecutiva. Os papéis da mineradora caíram mais de 2%, na esteira do desempenho do minério de ferro na China e, em maior peso, reação à prévia operacional de produção e vendas do primeiro trimestre de 2025 (1T25).
A companhia teve um aumento de 4% nas vendas de minério de ferro no 1T25, na comparação anual, totalizando 66,1 milhões de toneladas, mesmo com queda de 4% na produção, que somou 67,7 milhões de toneladas no período.
Na avaliação do Bradesco BBI, a Vale apresentou um conjunto forte de números operacionais. Já a XP destacou que a minerado reportou um desempenho operacional neutro, com melhores embarques de minério de ferro compensados por um mix de produtos e prêmios mais fracos. O BTG Pactual disse que o relatório trimestral veio em linha com o esperado.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também foram destaque no pregão. Os papéis operaram voláteis com a alta do petróleo e eleição de novos membros no Conselho de Administração da estatal e fecharam em leve queda.
A companhia elegeu Ricardo Wagner de Araujo como novo diretor executivo de governança e conformidade e aprovou o pagamento de R$ 73,9 bilhões em dividendos referentes ao exercício de 2024.
A ponta negativa, porém, foi liderada por RD Saúde (RADL3), em movimento de realização de ganhos recentes. Já a ponta positiva foi liderada por Brava Energia (BRAV3) na esteira do petróleo, que subiu mais de 1%.
Exterior
Nos Estados Unidos, operou em forte volatilidade nesta quarta-feira (16) e encerrou a sessão em tom negativo. Escalada da tensão entre EUA e China, anúncio de despesa bilionária da Nvidia e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) movimentaram e pressionaram os índices norte-americanos.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -1,73%, aos 39.669,39 pontos;
- S&P 500: -2,24%, aos 5.275,70 pontos;
- Nasdaq: -3,07%, aos 16.307,16 pontos.
Confira os detalhes em: Índices de Wall Street derretem com Nvidia (NVDA) e Powell; Nasdaq cai mais de 3%
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