Mercados

Ibovespa avança aos 158 mil pontos com pesos-pesados e desaprovação do governo no radar; dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,52

19 dez 2025, 18:16 - atualizado em 19 dez 2025, 18:26
ibovespa- altas e baixas
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em dia de vencimento de opções e alívio na curva de juros futuros, o Ibovespa (IBOV) ganhou fôlego com Wall Street e os ‘pesos-pesados’.

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Nesta sexta-feira (19), o principal índice da bolsa brasileira terminou as negociações com alta de 0,35%, aos 158.473,02 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 1,43%.

Já o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5297, com alta de 0,11%. No acumulado das últimas cinco sessões, a moeda valorizou 2,20% sobre o real.

No cenário doméstico, as eleições seguem no centro das atenções. 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), afirmou que seu foco sempre foi o Estado paulista. “É natural que se coloque um governador de São Paulo como presidenciável. […] Apesar da especulação, a gente nunca se colocou como candidato a presidente.”

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Tarcísio segue como o nome favorito do mercado para a Presidência nas eleições do próximo ano, apesar do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao seu filho Flávio Bolsonaro (PL), que anunciou pré-candidatura no início deste mês.

Além disso, a pesquisa Genial/Quaest, divulgada no fim da tarde, apontou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a maior avaliação negativa entre os Três Poderes da República.

Segundo o levantamento, 38% dos entrevistados disseram ter uma avaliação negativa sobre o atual comando do Poder Executivo, enquanto 34% afirmaram ter avaliação positiva, e 25%, regular. Os outros 3% não souberam ou não responderam.

A Quaest realizou 2.004 entrevistas com brasileiros de 16 anos ou mais, entre 11 e 14 de dezembro, por meio de coleta domiciliar realizada por meio de entrevistas face a face e questionários estruturados. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança.

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O fiscal também dividiu as atenções. O Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2026, prevendo um superávit primário de R$ 34,5 bilhões no próximo ano, ligeiramente acima da meta fiscal de R$ 34,3 bilhões, que equivale a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Texto segue para sanção presidencial.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), a Braskem (BRKM5) liderou os ganhos do principal índice da bolsa brasileira com alta de mais de 4%, após a petroquímica assinar novos contratos de  longo prazo para as unidades industriais com a Petrobras (PETR4).

Vamos (VAMO3) também se destacou entre as maiores altas com o programa do governo de financiamento para compra de caminhões novos e usados.

Mais cedo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou linhas de financiamento destinadas à aquisição de caminhões novos ou seminovos, com prazo de até 60 meses e seis meses de carência. O valor máximo da linha por mutuário é de R$50 milhões e a medida se aplica a pedidos de financiamento protocolados até 30 de junho de 2026.

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Já entre os pesos-pesados, Vale (VALE3fechou em leve alta com apoio do minério de ferro.  O contrato mais líquido da commodity, com vencimento para maio de 2026, fechou com alta de 0,52%, a 780 yuans (US$ 110,75) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China.

Ainda entre os gigantes do índice, Petrobras (PETR4) avançou também na esteira do petróleo. O contrato futuro do petróleo Brent para fevereiro, subiu 1,08%, a US$ 60,47 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

A ponta negativa foi liderada por CSN Mineração (CMIN3após a controladora CSN (CSNA3) firmar acordo para venda de participação de até 11,17% na transportadora ferroviária MRS Logística para a mineradora por até R$ 3,35 bilhões. 

Exterior 

Os índices de Wall Street tiveram um pregão de fortes ganhos, em meio a novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA).

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O presidente da unidade do Fed de Nova York, John Williams, disse que não vê nenhuma necessidade iminente de seguir com o movimento de afrouxamento monetário.

Em uma entrevista à CNBC, ele disse que não tem um “senso de urgência” para reduzir os juros, afirmando que “acho que os cortes que fizemos nos posicionaram muito bem” para ajudar a reduzir a inflação e, ao mesmo tempo, ajudar a apoiar um mercado de trabalho em arrefecimento.

Perto do fechamento, o mercado precificava 77,9% de chance de o Fed manter os juros inalterados em janeiro. Ontem (18), a probabilidade era de 73,4%, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group. A aposta de corte de 0,25 ponto percentual na próxima decisão caiu de 26,6% ontem para 22,1% hoje.

O mercado também reagiu ao acordo entre a dona do TikTok e o governo dos EUA.

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Ontem (18), a chinesa ByteDance assinou acordos vinculativos para transferir o controle das operações do aplicativo de vídeos curtos nos Estados Unidos para um grupo de investidores, incluindo a Oracle, dando um passo importante para evitar a proibição nos Estados Unidos e encerrar anos de incerteza.

Confira o fechamento dos índices:

  • Dow Jones: +0,38%, aos 47.134,89 pontos;
  • S&P 500: +0,88%, aos 6.834,50 pontos; 
  • Nasdaq: +1,31%, aos 23.207,62 pontos.

Na Europa, o tom foi positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve avanço de 0,37%, aos 587,50 pontos, em novo recorde nominal histórico, um dia após registrar seu melhor desempenho diário em mais de três semanas.

Com o avanço, o índice acumulou valorização de mais de 1,7% na semana.

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Na Ásia, os índices também encerram em alta, mesmo após o Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) elevar os juros para 2% ao ano, no maior nível em três décadas. O índice Nikkei, do Japão, teve avanço de 1,03%, aos 49.507,21 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,75%, aos 25.690,53 pontos. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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