Mercados

Ibovespa renova recorde pela 3ª sessão consecutiva à espera de acordo entre EUA e China; dólar fica estável

29 out 2025, 17:35 - atualizado em 29 out 2025, 18:01
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(Imagem: Freepik/ Montagem: Julia Shikota)

As expectativas de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, avanço das commodities metálicas e balanços corporativos garantiram um novo recorde ao Ibovespa (IBOV).

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Nesta quarta-feira (29), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão em alta de 0,82%, aos 148.632,93 pontos, com avanço pela sexta sessão consecutiva e em novo recorde nominal histórico. O maior nível de fechamento anterior foi registrado na véspera (28), aos 147.428,90 pontos. 

Esse foi o 17º recorde do Ibovespa em 2025.

Durante a sessão, o índice também superou os 149 mil pontos pela primeira vez. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3595, em estabilidade

No cenário doméstico, os investidores dividiram as atenções entre noticiário corporativo e dados econômicos. As incertezas sobre o cenário fiscal seguiram no radar. 

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Entre os dados, a dívida pública federal caiu 0,28% em setembro ante agosto, para R$ 8,122 trilhões, segundo o Tesouro Nacional.

No mês, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) caiu 0,31% em termos nominais, somando R$ 7,820 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) aumentou 0,43% e atingiu R$ 301,5 bilhões.

Contribuiu para o recuo da dívida pública no mês passado um resgate líquido de R$ 100 bilhões da dívida mobiliária interna registrado no período, parcialmente neutralizado por uma incorporação de juros no valor de R$ 75,7 bilhões na dívida interna.

O Tesouro destacou que a redução de juros nos Estados Unidos e a perspectiva de aceleração no ritmo de cortes na taxa norte-americana em setembro aumentaram o apetite ao risco no mercado e levaram a uma queda dos juros futuros para períodos mais longos, também refletindo a política monetária no Brasil e dados globais.

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Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da GPA (PCAR3) ganharam impulso na reta final do pregão e terminaram o dia com alta de mais de 5%, na liderança da ponta positiva do índice.

Hypera (HYPE3) também figurou entre as maiores altas em reação aos números do balanço do terceiro trimestre (3T25).

A farmacêutica reportou líquido de operações continuadas de R$ 453,9 milhões entre julho e setembro, ficando 10% acima da estimativa média de analistas, segundo dados da LSEG.

Analistas do Itaú BBA destacaram que a Hypera reportou uma taxa de vendas de 8% no trimestre, uma aceleração em comparação com os 5,5% registrados no trimestre anterior, o que ajuda a aliviar um pouco as preocupações dos investidores com uma possível queda nas vendas para o restante do ano.

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Entre os pesos-pesados, os bancos subiram em bloco com novos dados de crédito. Em setembro, as concessões de empréstimos no Brasil aumentaram 8,1% na comparação com o mês anterior, com o estoque total de crédito avançando 1,1% no período, a R$ 6,844 trilhões.

No setor, porém, o destaque é Santander (SANB11). O banco espanhol deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço foi divulgado nesta manhã.

A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,7 bilhões.

Ainda entre os pesos-pesados, as ações da Vale (VALE3subiram quase 2% e figuraram como as mais negociadas da B3, com apoio do minério de ferro na China. O contrato mais líquido da commodity metálica, com vencimento em janeiro, subiu 1,96%, a 804,50 yuans (US$ 111,32) a tonelada na Bolsa de Dalian.

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Petrobras (PETR4;PETR3) também fechou em leve alta, acompanhando o petróleo. Os contratos mais líquidos do Brent, com vencimento em janeiro, fecharam com avanço de 0,76%, a US$ 64,32 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já a ponta negativa foi liderada por MBRF (MBRF3), em realização de ganhos recentes. Mesmo com a queda, os papéis da companhia acumulam salto de mais de 15% desde segunda-feira (27), com o acordo de investimento firmado com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita — e que resultou na criação da marca Sadia Halal.

Exterior 

Os índices de Wall Street renovaram pela quarta sessão consecutiva as máximas históricas intraday. Os fortes ganhos, porém, foram revertidos na reta final do pregão com novas declarações do presidente do Federal Reserve, após decisão sobre política monetária.

Durante o pregão, o índice S&P 500 atingiu os 6.920,34 pontos, novo recorde intradia. O Nasdaq também superou os 24 mil pontos pela primeira vez e o Dow Jones operou acima dos 48 mil pontos, também em movimento inédito.

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Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em queda à espera da decisão do Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com queda de 0,06%, aos 575,40 pontos, após três sessões consecutivas de ganhos.

FTSE 100, de Londres, destoou do território negativo e terminou a sessão com alta de 0,61%, aos 9.756,14 pontos — no maior nível de fechamento nominal histórico.

Na Ásia, os índices subiram na expectativa do encontro entre Trump e Xi Jinping. Em destaque, o índice Nikkei, do Japão, teve alta de 2,17%, aos 51.307,65 pontos, em novo recorde.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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