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Ibovespa a 138 mil ou 155 mil pontos? Veja o que 5 analistas projetam para a Bolsa em 2024

08 dez 2023, 13:28 - atualizado em 08 dez 2023, 13:28
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Ibovespa ganha preços-alvo de instituições com a proximidade de 2024 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

As estimativas para o Ibovespa já estão postas na mesa. Instituições começaram a lançar seus preços-alvo para 2024 na reta final de 2023, com projeções variadas.

Só para se ter uma ideia, dentre cinco casas de análise diferentes, a menor pontuação projetada para o Ibovespa no próximo ano está em 138 mil pontos (da Ativa Investimentos), enquanto o topo das projeções joga o índice aos 155 mil pontos nos próximos meses (alvo da Guide Investimentos), o que implica um potencial de alta de 23% sobre o patamar atual.

Segundo a Guide, a valorização do Ibovespa deve vir tanto do crescimento dos lucros das empresas quanto do aumento da relação P/L (Preço/Lucro) em um cenário de juros em queda.

Outro ponto levantado pela corretora que reforça a perspectiva de melhor desempenho da Bolsa é a redução no volume de ofertas.

“Com a redução dos juros de 2019/20, a quantidade de ofertas de ações bateu recordes, o que parece ter influenciado negativamente o desempenho do mercado nos anos seguintes. O que estamos vendo nos últimos anos (2022/23) é exatamente o inverso: as ofertas de ações ‘secaram’; as poucas que vieram ao mercado foram de empresas com endividamento elevado ou algum outro problema que forçou uma capitalização”, destaca.

De acordo com a Guide, com a redução das ofertas, o mercado deve ter mais força para “andar” nos próximos trimestres.

Do ponto de vista da Ativa, apesar do target mais contido, o fluxo de capital estrangeiro para mercados emergentes deve continuar no curto/médio prazo, com o Brasil preparado para capturar parte disso devido “a uma combinação de valuation atrativo e um cenário doméstico menos problemático quando comparado com outros mercados emergentes”.

Apesar disso, o time de análise da instituição levanta algumas preocupações, com destaque para o fluxo de notícias políticas no Brasil.

“O fluxo de notícias politicas têm piorado bastante, principalmente depois da declaração do presidente Lula que ‘dificilmente o governo atingiria a meta de déficit zero’, que jogou por terra a já combalida credibilidade de [Fernando] Haddad no momento em que tramita pelo legislativo o orçamento de 2024”, afirma.

Do lado externo, ainda existem questões envolvendo os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros americanos.

Bolsa continua barata

Mesmo com o rali recente, a Bolsa ainda está barata, de acordo com os analistas.

Para o Inter Research, se a Bolsa reflete o lucro das empresas, então ela ainda se mostra descontada, considerando que as expectativas de lucro não trazem uma correção muito forte.

Segundo os analistas, as expectativas pessimistas deveriam refletir resultados “muito aquém do esperado” para fazer o Ibovespa regredir às médias pela correção dos lucros. Porém, não foi isso o que aconteceu.

“O desconto da Bolsa fica ainda mais claro quando observamos o Earnings Yield da Bolsa, que, desde 2016, estava abaixo da média, refletindo os lucros das empresas ainda combalidos. Porém, à medida que os lucros foram avançando e as companhias reportando melhores resultados, a partir de 2021, a Bolsa continuou subprecificada”, completa a instituição. O Inter projeta o Ibovespa em 142 mil pontos ao fim de 2024.

Além dessas instituições, o Safra, em relatório publicado no fim de outubro, aponta um cenário de melhora para o mercado de ações, considerando crescimento de 2,5% do PIB e a desaceleração da inflação para 3,3%, além de uma continuidade do ciclo de corte de juros que levaria a Selic a 8,75% ao fim do próximo ano.

O alvo projetado pelo Safra para o Ibovespa é de 142 mil pontos também.

Por fim, a XP Investimentos, que tem um preço-alvo sugerido de 142 mil pontos para o Ibovespa em 2024, lista três razões para seguir construtivo com a Bolsa brasileira:

  1. a volta do fluxo de investidores;
  2. o valuation permanece bem descontado; e
  3. o ciclo de corte de juros tende a ser positivo para as ações brasileiras.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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