Mercados

Ibovespa fecha aos 106 mil pontos com ajuda do exterior e expectativa sobre Previdência

21 out 2019, 18:15 - atualizado em 21 out 2019, 19:09
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O índice acionário brasileiro de referência subiu 1,23%, a 106.022,28 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa marcou nova máxima de fechamento nesta segunda-feira, refletindo o otimismo global com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, bem como para a votação da reforma da Previdência.

O índice acionário brasileiro de referência subiu 1,23%, a 106.022,28 pontos, acima do recorde anterior, em julho, de 105.817,06 pontos. O giro financeiro da sessão somou 18,9 bilhões de reais, inflado pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, de 6 bilhões de reais.

As ações ganharam força após o exercício de opções, às 13h, em sessão positiva nas praças no exterior, após declarações do vice-premiê chinês, Liu He, no fim de semana, de que a China vai colaborar com os EUA para lidar com preocupações mútuas.

A trajetória de ganhos em Wall Street ainda foi endossada por declarações do assessor econômico da Casa Branca de que as tarifas marcadas para dezembro podem ser retiradas se as negociações continuarem bem.

Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,68% e Nasdaq avançou 0,91%. O Dow Jones fechou com acréscimo de 0,21%, com ganhos limitado pelo declínio das ações da Boeing.

Para o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, a semana começou com tom positivo nas bolsas globais, principalmente pelo noticiário mais favorável sobre as negociações entre China e Estados Unidos, enquanto o Brexit continua sem definição. A Câmara dos Comuns recusou nova votação de acordo para a saída do Reino Unido da UE. O Conselho Europeu estaria avaliando pedido de adiamento.

Foureaux ressaltou, contudo, a expectativa de votação no Senado da reforma da Previdência, que pode encerrar o assunto após anos de discussões. “Apesar de esperado, sempre há algum nervosismo, já de que no Brasil eventos inesperados acontecem com bastante frequência.”

“A reforma sendo concluída e o mundo seguindo nessa direção de uma trégua entre China-EUA e resolução momentânea do Brexit, os ativos brasileiros podem ter um bom final de ano”, avaliou Foureaux, acrescentando ainda o leilão da cessão onerosa como evento potencialmente benigno.

Destaques

Yduqs (YDUQ3)  subiu 4,36%, tendo registrado máxima histórica intradia no melhor momento, 40,86 reais (+6,6%), após a empresa de educação anunciar a aquisição do grupo de ensino superior privado Adtalem Brasil por 2,2 bilhões de reais, com vistas a ampliar a oferta em educação e acelerar o crescimento da companhia. Cogna (COGN3) caiu 1,3%.

Vale (VALE3) teve elevação de 2,56%, em movimento acompanhado por CSN ON, que subiu 2,61%. CSN abre a temporada de balanços do terceiro trimestre no setor de metais na quarta-feira. Vale divulga o seu resultado no dia seguinte.

Itaú Unibanco (ITUB4) abandonou a fraqueza do começo do pregão e avançou 1,64%, assim como Bradesco (BBDC4), que terminou em alta de 0,71%.

Petrobras (PETR4) evoluiu 0,62%, apesar da queda dos preços do petróleo. O Itaú BBA reiterou recomendação outperform para as ações, definindo em 38 reais o preço-alvo para o final de 2020, e de 32 reais para o final de 2019.

Embraer (EMBR3) fechou em alta de 2%, tendo de pano de fundo pedido firme da Flexjet de 64 jatos executivos, num pedido avaliado em 1,4 bilhão de dólares e que envolve aviões Praetor da fabricante brasileira.

Hypera (HYPE3) cedeu 1,26%, tendo de pano de fundo venda do controle do grupo farmacêutico Biotoscana por 595,66 milhões de reais para a canadense Knight Therapeutics. Os BDRs da Biotoscana subiram 4,9%, uma vez que a operação dispara OPA.

Localiza (RENT3) recuou 0,73%. A empresa divulga resultado na quarta-feira. O Bradesco BBI avalia que os segmentos de aluguel de carros e gerenciamento de frotas podem ter crescimento robusto, mas a rápida expansão do Uber e competição no aluguel podem reduzir o preço do aluguel diário.

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