Mercados

Ibovespa se afasta das máximas e recua 1% com ameaças tarifárias de Trump; veja como andam os mercados nesta segunda-feira (7)

07 jul 2025, 13:10 - atualizado em 08 jul 2025, 11:22
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Ibovespa e Wall Street operam em queda com a retomada das tarifas de Trump e ameaça de uma taxação adicional para o BRICS (Imagem: iStock.com/primeimages)

Depois de renovar as máximas históricas aos 141 mil pontos no pregão anterior, o Ibovespa (IBOV) iniciou a semana em queda. O tom negativo acompanha a aversão a risco de Wall Street com a proximidade do fim da ‘trégua’ das tarifas recíprocas e novas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brics.

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No fim de semana, Trump afirmou que adicionará uma tarifa de 10% sobre os produtos dos países que se alinharem ao bloco econômico formando por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos fazem parte do bloco como membros desde o ano passado. A cúpula está reunida no Rio de Janeiro.

Por volta de 13h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou a mínima intradia com queda de 1,05%, aos 139.785,29 pontos.



No cenário doméstico, os investidores também acompanham as novas estimativas para a economia brasileira.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a projeção para a Selic em 15%, reduziram a previsão de inflação (IPCA) de 5,20% para 5,18% e aumentaram a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,23% para este ano, segundo o Boletim Focus divulgado hoje (7) pela manhã.

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E o dólar?

O dólar opera em alta ante as moedas globais, como euro e libra, com a retomadas das tarifas recíprocas no radar. Por volta de 12h50, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, subia de 0,17%, no nível dos 97,300 pontos.

Na comparação com o real, o dólar acompanha o movimento do exterior. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,4652 (+0,74%).



Wall Street em alta

Os índices de Wall Street também operam de lado com tarifas de Trump no radar. O fim da ‘trégua’ da política tarifária e das negociações com países que são parceiros comerciais está prevista para a próxima quarta-feira (9).

Ontem (6), o presidente Donald Trump afirmou que o país está perto de perto de finalizar vários acordos comerciais e notificarão outros países sobre as tarifas mais altas até a quarta-feira (9). Segundo ele, as “novas” taxas para importação entrarão em vigor em 1º de agosto.

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Já hoje (7), o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que os Estados Unidos farão vários anúncios comerciais nas próximas 48 horas, em entrevista à CNBC.

Em abril, Trump divulgou uma tarifa de importação de 10% para a maioria dos países e tarifas adicionais que podem chegar a 50%. No entanto, posteriormente, ele adiou a data de vigência de todas as tarifas, exceto a de 10%, para 9 de julho.

Além disso, o bilionário Elon Musk, que fez parte da equipe de governo de Trump, anunciou a formação de um partido político, a ser chamado de “American Party”, marcando uma nova escalada em sua disputa com o chefe da Casa Branca. Em reação, as ações da Tesla (TSLA) operam em queda de mais de 7%.

O movimento acontece dias após o Congresso norte-americano aprovar o pacote orçamentário de Trump, conhecido como “Beautiful Bill”. A medida deve aumentar o déficit fiscal dos EUA em US$ 3,3 trilhões nos próximos anos.

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Por volta de 12h50 (horário de Brasília), o índice S&P 500 caía 0,71%, aos 6.234,48 pontos; Dow Jones tinha queda de 0,85%, aos 44.447,65 pontos, e Nasdaq recuava 0,75%, aos 20.447,05 pontos.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam em queda com a retomada das tarifas recíprocas a partir de agosto e a tarifa adicional de 10% para os BRICS — bloco do qual a China faz parte. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,56%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,12%.

Na Europa, os mercados terminaram o pregão em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou esta segunda-feira com alta de 0,41%, aos 543,36 pontos.

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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