Mercados

Ibovespa fecha acima dos 105 mil pontos pela 1ª vez desde março com balanços e Fed

29 jul 2020, 17:12 - atualizado em 29 jul 2020, 18:05
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O Ibovespa subiu 1,44%, a 105.605,17 pontos (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de mais de 1% e acima dos 105 mil pontos pela primeira vez desde março nesta quarta-feira, com a temporada de balanços de empresas brasileiras ganhando tração e o Federal Reserve reiterando compromisso de usar sua “gama completa de ferramentas” para apoiar a economia dos EUA.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,44%, a 105.605,17 pontos, renovando máxima de fechamento desde o começo de março. O volume financeiro no pregão somou 28 bilhões de reais.

Autoridades do banco central norte-americano afirmaram no final de sua reunião de política monetária que a atividade econômica e o emprego nos EUA aceleraram um pouco nos últimos meses, mas seguem bem abaixo de seus níveis no começo de 2020.

Todos os membros do comitê de política monetária do Fed votaram por deixar a meta da taxa de juros de curto prazo entre zero e 0,25%, intervalo no qual está desde 15 de março. E para o chair Jerome Powell há necessidade de suporte fiscal adiiconal.

Em Wall Street, o S&P 500 subiu 1,24%, também apoiado em resultados trimestrais.

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Em Wall Street, o S&P 500 subiu 1,24%, também apoiado em resultados trimestrais (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

“O Federal Reserve confirmou expectativas de mercado por uma postura mais ‘dovish’ ao reforçar a manutenção na implementação medidas de injeção de recursos e estímulos monetários por um período estendido”, avaliou a equipe da Guide Investimentos.

No Brasil, a pauta de balanços desta quarta-feira ainda promete os números de Vale (VALE3), Ecorodovias (ECOR3), Pão de Açúcar (PCAR3), Localiza (RENT3), Tim (TIMP3). Ambev (ABEV3), Bradesco (BBDC4) e Usiminas (USIM5) saem na quinta-feira, antes da abertura.

Destaques

CSN (CSNA3) avançou 5,69%, após lucro líquido de 446 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 1,3 bilhão um ano antes, e sinalizar que elevará preços entre agosto e setembro.

Vale (VALE3) teve alta de 4,33%, beneficiada pela alta dos preços do minério de ferro na China antes da divulgação do balanço ainda nesta quarta-feira.

Santander (SANB11) subiu 3,51%, mesmo após queda de 41% no lucro do segundo trimestre, principalmente por causa de provisões adicionais, com o banco dizendo que são suficientes para atravessar a crise.

Bradesco (BBDC4) valorizou-se 3,15%, antes do balanço do segundo trimestre na quinta-feira, antes da abertura da bolsa. Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 2,35%. A sessão foi marcada por dados de crédito no país, pelo BC.

Minerva (BEEF3) caiu 4,41%, apesar do lucro líquido de 253,4 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 113,3 milhões um ano antes, com desempenho operacional recorde.

Cielo (CIEL3) fechou com declínio de 3,52%, após prejuízo trimestral, afetado pela pandemia, enquanto ajusta estrutura de custos e de capital para enfrentar um cenário de forte queda dos resultados.

Petrobras (PETR4) avançou 1,62%, ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior – o Brent encerrou com elevação de 1,2%, a 43,75 dólares o barril – e com resultado trimestral previsto para quinta-feira, após fechamento da bolsa.

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