Mercados

Ibovespa fecha em alta com aval externo e trégua político-institucional

13 set 2021, 17:09 - atualizado em 13 set 2021, 17:56
B3 Ibovespa 56
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,85%, a 116.403,72 pontos (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta segunda-feira, endossado pelo clima positivo nos mercados no exterior, além da relativa trégua na tensão político-institucional do país, embora questões como a dos precatórios persistam no radar de agentes financeiros.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,85%, a 116.403,72 pontos, tendo ultrapassado os 117 mil pontos na máxima. O volume financeiro da sessão somou 25,8 bilhões de reais.

Na visão do sócio da Rio Gestão de Recursos André Querne, a bolsa ainda reflete a nota do presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira, que, distensionou, pelo menos no curto prazo, o ambiente político-institucional.

Tal alívio, segundo ele, abre espaço para a retomada das discussões sobre temas relevantes, como o desfecho envolvendo os precatórios, bem como para um ambiente mais construtivo do ponto de vista de reformas.

Destacando que muito do cenário negativo do país já está nos preços das ações, Querne acrescentou que a trégua abre espaço para recuperação das ações, principalmente porque as empresas listadas passam por um momento muito positivo.

“É o que está acontecendo hoje”, afirmou.

Na nota divulgada na última quinta-feira, Bolsonaro buscou apaziguar os ânimos, afirmando ter respeito pelas instituições da República, após atacar na terça-feira ministros STF e ameaçar descumprir ordens judiciais.

As declarações feitas durante manifestações de 7 de Setembro estressaram investidores, e o Ibovespa afundou quase 4% no dia seguinte.

Para o diretor de investimentos da BS2 Asset, Mauro Orefice, manifestações contrárias a Bolsonaro mais fracas neste último fim de semana corroboraram a melhora no pregão, pois afastam o risco de eventual impeachment do presidente no curto prazo.

Ele ressalvou que uma melhora mais consistente dos ativos depende de maior visibilidade sobre assuntos como o dos precatórios, que tramita no Congresso.

A sessão positiva ainda encontrou suporte na trajetória em Wall Street e na alta dos preços do petróleo.

Destaques

Méliuz (CASH3) subiu 12,82%, engatando a terceira alta seguida, enquanto ainda acumula uma perda de 1,3% em setembro e de quase 50% desde as máximas em julho.

Banco Pan (BPAN4)  avançou 9,45%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, que tiveram alta generalizada, com Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)  subindo 1,25% e 2,05%, respectivamente.

Gerdau (GGBR4) ganhou 0,77% após o grupo estimar efeito positivo de cerca de 1,5 bilhão de reais nos resultados no terceiro trimestre com processo envolvendo a Eletrobras (ELET3).

Vale (VALE3)  teve variação negativa de 0,05%, após o contrato futuro do minério de ferro de referência em Dalian, na China, fechar em queda de 3,5%.

Petrobras (PETR4) avançou 3,51%, favorecida pela alta do petróleo no exterior. A companhia também deve arrendar terminal de regaseificação na Bahia por pouco mais de 100 milhões de reais, disseram fontes à Reuters.

Totvs (TOTS3) cedeu 0,52%, entre as poucas quedas da sessão, após anúncio de oferta restrita de até 64.795.500 papéis, que a empresa de tecnologia e produtos de crédito espera precificar em 21 de setembro.

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