Mercados

Ibovespa fecha quase estável à espera de desfecho sobre PEC dos Precatórios e Vale pesa

03 nov 2021, 17:13 - atualizado em 03 nov 2021, 17:52
Congresso
O volume financeiro somou 38,8 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, resistindo ao tombo de Vale (VALE3), em sessão marcada por expectativa para a votação da PEC dos Precatórios e decisão do Fed, enquanto Lojas Americanas disparou após avanço na fusão com a Americanas (LAME4).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,35%, a 105.915,98 pontos, de acordo com dados preliminares, após tocar 104.204,66 pontos na mínima do dia e 106.754,42 pontos na máxima do pregão.

O volume financeiro somou 38,8 bilhões de reais.

Os negócios refletiram ajustes ao movimento dos recibos de ações brasileiras negociadas no mercado norte-americano (ADRs), com destaque para Vale, uma vez que Wall Street funcionou na véspera enquanto a B3 fechou em razão de feriado no Brasil.

Para André Querne, sócio da Rio Gestão de Recursos, o tom na bolsa paulista foi ditado pela possibilidade de votação da PEC dos Precatórios, com o mercado comprando a ideia de que esse deve ser o melhor cenário dentro dos possíveis.

“Passando a PEC dos Precatórios, a impressão é que dá um certo alívio de risco fiscal, pelo menos de curto prazo”, afirmou. A aprovação da PEC no Congresso viabilizaria o Auxílio Brasil – programa que substituirá o Bolsa Família – com no mínimo de 400 reais mensais por família.

Também ocupou as atenções a ata da última reunião do Copom, mostrando que o Banco Central avaliou acelerar a alta da Selic para além de 1,5 ponto percentual que adotou.

No exterior, o Federal Reserve informou que começará a reduzir as compras mensais de títulos em novembro e tem planos de encerrá-las em 2022, mas manteve a opinião de que a inflação alta será “transitória” e provavelmente não exigirá um aumento rápido dos juros.

Para Querne, a sinalização do Fed não trouxe surpresas. Trata-se, segundo ele, de um processo natural de redução de compra de ativos ligado à melhora do ambiente econômico.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,65%.

Destaques

Vale (VALE3) desabou 7,59%, em meio a ajustes após tombo de 4,4% do ADR da mineradora na véspera. O UBS cortou o preço-alvo do ADR da companhia de 15 para 11 dólares, assim como o Morgan Stanley, que reduziu seu preço-alvo de 18 para 16 dólares.

Lojas Americanas (LAME4) disparou 13,3% e Americanas (AMER3) subiu 6,57%, após avanço no processo de fusão entre ambas, com manutenção do plano de listar ações nos EUA.

Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou-se 0,95%, antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, previsto para após o fechamento do mercado.

Bradesco (BBDC4), que reporta os números na quinta-feira, contrabalançou e cedeu 0,85%.

Petrobras (PETR4) caiu 4,11%, também em ajuste ao declínio de seus ADRs e na esteira do declínio dos preços do petróleo no exterior.

Grupo Soma (SOMA3) saltou 8,9%, tendo de pano de fundo reportagem citando que a Arezzo abordou a companhia para uma aquisição. Arezzo (ARZZ3), que não está no Ibovespa, avançou 5,33%.

TIM (TIMS3) ganhou 8,38% e Telefônica Brasil (VIVT3) subiu 6,62%, após a superintendência do Cade recomendar aprovação da venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3 )para TIM, Claro e Telefônica Brasil, embora com remédios que mitiguem riscos concorrenciais.

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