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Banco Central avaliou subir mais a Selic, mas ainda vê convergência à meta em 2022 com aperto de 1,5 p.p

03 nov 2021, 7:18 - atualizado em 03 nov 2021, 8:22
Banco Central
Segundo o BC, esta combinação foi “o fator preponderante para a elevação das projeções de inflação do comitê tanto para 2021 quanto para 2022” (REUTERS/ Ueslei Marcelino)

O Banco Central avaliou acelerar a alta da Selic para além do ajuste de 1,5 ponto que adotou, mostrou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quarta-feira, mas chegou à conclusão que com o ritmo adotado, mas considerando uma taxa terminal distinta, é possível levar a inflação à meta em 2022.

Na ata, o BC ressaltou ainda que, desde o último encontro do Copom, houve alta “substancial” dos preços internacionais de commodities energéticas, com impacto inflacionário amplificado pela depreciação do real.

Segundo o BC, esta combinação foi “o fator preponderante para a elevação das projeções de inflação do comitê tanto para 2021 quanto para 2022″.

Na semana passada, o BC aumentou o ritmo de aperto monetário diante da deterioração do cenário fiscal e promoveu uma alta de 1,5 ponto percentual na Selic, ao patamar de 7,75% ao ano, numa tentativa de debelar as crescentes pressões inflacionárias.

O BC também indicou, já na quarta-feira passada, que deveria repetir a dose, adotando outra elevação de igual magnitude na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 7 e 8 de dezembro.