Mercados

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros após oito altas seguidas

08 jun 2021, 17:12 - atualizado em 08 jun 2021, 17:50
Ibovespa
o Ibovespa completou a maior série de altas desde 2018, acumulando no período acréscimo de 6,3% (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta terça-feira, em meio a movimentos de realização de lucros que quebraram uma série de oito altas seguidas, a maior desde 2018.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,76%, a 129.787,11 pontos. O volume financeiro somou 35,9 bilhões de reais.

“É um movimento super natural, que vem depois vários pregões de alta”, afirmou o diretor de investimentos da BS2 Asset, Mauro Orefice, acrescentando que não vê nenhuma mudança relevante dessa tendência no curto prazo.

Ele também considera possível o Ibovespa continuar subindo, “de repente buscar os 135 mil pontos nas próximas semanas”.

Na véspera, o Ibovespa completou a maior série de altas desde 2018, acumulando no período acréscimo de 6,3%. O índice também renovou recordes de fechamento e intradia e ultrapassou na véspera os 131 mil pontos pela primeira vez – mesmo que momentaneamente.

O gestor de renda variável da Western Asset, Cesar Mikail, atribuiu parte desse movimento ao fluxo de capital externo na bolsa, mas também a números sobre a atividade econômica que têm surpreendido para cima e melhora da perspectiva fiscal.

Em relação aos estrangeiros, dados da B3 mostram saldo positivo no mercado secundário de ações de 6 bilhões de reais nos primeiros pregões do mês, após maio ter registrado entrada líquida de 12,2 bilhões de reais.

Mikail também acrescentou que é natural que ocorra uma pequena realização como a observada nesta sessão, mas que permanece com um viés positivo, citando entre os argumentos expectativas de avanço da reforma administrativa e tributária.

“Todos esses eventos que estão vindo são positivos, sustentam a bolsa nesse patamar”, afirmou.

Destaques

Braskem (BRKM5) recuou 6,36%, após uma série de quatro pregões de alta em que acumulou valorização de mais de 20%.

Investidores continuam monitorando desdobramentos sobre a venda da participação dos controladores da petroquímica – Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras. Mais cedo, a ação renovou máxima histórica intradia, a 61,53 reais.

B3 (B3SA3) caiu 5,55%, respondendo pela maior pressão negativa do Ibovespa e tocando mínima desde junho de 2020 no pior momento.

No radar, permanecem especulações sobre um eventual novo competidor no setor. O diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, acrescentou que o mercado também avalia potenciais efeitos em tarifas e outros movimentos a partir do ambiente atual no qual dois grupos – XP (XP) e BTG Pactual (BPAC11) – conquistam bases de clientes relevantes.

Iguatemi (IGTA3) fechou em queda de 3,19%, tendo no radar proposta de reorganização societária pela qual a empresa será incorporada por sua controladora, o Grupo Jereissti.

A administradora de shopping centers estimou que terá capacidade para dobrar de tamanho com a reorganização. A operação ainda precisa ser aprovada por acionistas minoritários.

Via Varejo (VVAR3)  valorizou-se 4,37%, apoiada por números melhores do que o esperado das vendas no varejo em abril, com outros papéis do setor também resistindo à realização de lucros na bolsa paulista.

Magazine Luiza (MGLU3), que também anunciou a aquisição da plataforma para processamento de cartões Bit55, encerrou com elevação de 1,2% e B2W (BTOW3)  avançou 1,02%.

Petrobras (PETR4)  subiu 1,31%, acompanhando a melhora do petróleo no exterior, onde o Brent fechou com acréscimo de 1,02%.

Petrobras (PETR3)  avançou 2,4%.

Vale (VALE3) caiu 1,68%, em sessão de declínio generalizado no setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, com os futuros do minério de ferro na China recuando pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, acompanhando uma queda nos preços do aço no país impulsionada por sinais de desaceleração na demanda siderúrgica.

CVC Brasil (CVCB3) subiu 1,89%, após a operadora de turismo anunciar que contratou o Citigroup e o BTG Pactual para uma potencial oferta primária.

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