Mercados

Ibovespa fecha em queda de 2% com Wall Street endossando realização de lucros

23 jul 2020, 17:11 - atualizado em 23 jul 2020, 18:15
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O Ibovespa caiu 1,91%, a 102.293,31 pontos (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira, afetado pela piora em Wall Street, que induziu movimentos de realização de lucros, em sessão marcada por rico noticiário corporativo.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,91%, a 102.293,31 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 104.949,40 pontos. O volume financeiro totalizou da sessão 29,1 bilhões de dólares.

Isso esvaziou os ganhos da semana, com o Ibovespa agora tendo queda de 0,6% desde segunda-feira. Nas três semanas anteriores, o índice terminou com desempenho acumulado positivo.

Em Nova York, em meio a balanços, o S&P 500 recuou 1,23%, afastando-se da máxima em cinco meses, com dados mostrando desaceleração da recuperação econômica, enquanto Washington debate novos estímulos.

Para o gestor Ricardo Campos, da Reach Capital, a alta acima do esperado nos pedidos de seguro-desemprego nos EUA lançou dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia, o que azedou os mercados.

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Em Nova York, em meio a balanços, o S&P 500 recuou 1,23% (Imagem: Reuters/Lucas Jackson)

Ao mesmo tempo, acrescentou, embora o noticiário sobre vacina contra o Covid-19 venha trazendo algum alento, o ressurgimento de casos na Espanha e no Japão, além do recorde de mortes na Flórida, nos EUA, endossaram posições mais defensivas.

Campos ainda chamou a atenção para painel de presidentes de quatro das maiores empresas de tecnologia dos EUA no Congresso norte-americano na próxima semana como um fator que pesou nas ações de tecnologia e respingou no setor na bolsa paulista.

Os presidentes-executivos de Facebook, Amazon.com, Alphabet – dona do Google – e Apple devem falar perante o Comitê Judiciário da Câmara em 27 de julho sobre o uso do poder de mercado que detêm para prejudicar rivais.

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Destaques

Tim (TIMP4) e Vivo (VIVT4) caíram 8,43% e 3,73%, respectivamente, após a Digital Colony fazer uma oferta pela unidade de telefonia móvel da Oi (OIBR3), cuja ação deu um salto de 19,4%. Tim e Vivo, em conjunto com a América Móvil, fizeram oferta pelos ativos.

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Oi fechou em alta de 19,4% (Imagem: Facebook/ Oi)

Cogna (CONG3) recuou 6,82%, tendo no radar IPO de sua subsidiária de educação básica Vasta, com faixa indicativa de preço de 15,50 a 17,50 dólares por ação, em operação que pode movimentar até 373,8 milhões de dólares. A queda veio após o papel subir mais de 40% apenas em julho, em boa parte apoiada nas expectativas para o IPO.

Suzano (SUZB3) fechou com elevação de 3,14%, em movimento endossado pela alta do dólar, assim como a rival Klabin (KLBN11), que avançou 0,99%.

JBS (JBSS3) valorizou-se 1,36%, também ajudada pelo câmbio, além de expectativas para o resultado trimestral. No setor de proteínas, Marfrig (MRFG3) teve baixa de 1,3%, após subir a 15,89 reais, cotação intradia recorde, mais cedo. Minerva (BEEF3) cedeu 1,89%.

BTG Pactual (BPAC11) caiu 1,47%, perdendo o fôlego no fim da sessão e alinhando-se ao setor, que terminou com Itaú Unibanco (ITUB4) em queda 2,11% e Bradesco (BBDC4) em baixa de 1,45%, em meio a receios sobre potencial efeito negativo no setor da reforma tributária.

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Via Varejo (VVAR3) perdeu 7% e Magazine Luiza (MGLU3) recuou 5,02% refletindo realização de lucros, uma vez que figuram entre as mais valorizadas do Ibovespa no ano. B2W (BTOW3) caiu 4,42%. O IBGE informou que o número de afastados do trabalho em razão do distanciamento social no país somou 11,8 milhões de pessoas em junho, ante 15,7 milhões em maio, com parte dessa redução possivelmente associada a demissões.

Via Varejo perdeu 7% (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Petrobras (PETR4) recuou 2,08%, na esteira da queda dos preços do petróleo no mercado externo.

Vale (VALE3) cedeu 0,66%, em meio à queda dos contratos futuros de minério de ferro na China.

Qualicorp (QUAL3) subiu 1,49%, após liderar as perdas do Ibovespa nas últimas duas sessões, quando acumulou declínio de 11,77%. O conselho da companhia aprovou criação de comitê para investigar os fatos que fizeram a sede da empresa alvo de busca e apreensão na terça-feira, após prisão de ex-presidente em meio a investigações sobre suposto caixa dois pelo senador José Serra em campanha de 2014.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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