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Ibovespa sobe 2,2% e fecha na máxima em 4 meses com retomada econômica

06 jul 2020, 17:14 - atualizado em 06 jul 2020, 18:24
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O Ibovespa subiu 2,24%, a 98.937,16 pontos (REUTERS/Rahel Patrasso)

O Ibovespa (IBOV) fechou nesta segunda-feira no maior patamar em quatro meses, em meio a perspectivas positivas de recuperação econômica pós-Covid-19 e com intenso noticiário corporativo no país.

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Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 2,24%, a 98.937,16 pontos, pico de fechamento desde 5 de março. Na máxima da sessão, chegou a 99.256,85 pontos.

O volume financeiro no pregão somou 26,8 bilhões de reais.

Na visão de analistas da Mirae Asset, mercados no exterior abriram a semana sustentados por expectativas otimistas da recuperação da economia global. “O mundo está olhando para a China, que responde com boa retomada econômica e aparente sucesso em conter o Covid-19″, afirmaram em nota a clientes.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,59%, favorecido ainda por dados melhores do que o esperado sobre o setor de serviços norte-americano, que ajudou a ofuscar nova onda de casos de coronavírus nos Estados Unidos.

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Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,59% (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Do cenário brasileiro, também repercutiram comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, do domingo, de que o governo fará quatro grandes privatizações em até 90 dias e que a reforma tributária deve ser aprovada ainda em 2020.

Para a casa de pesquisa e análise Eleven, o Ibovespa está em uma zona de congestão, com uma rotação entre setores.

“A temporada de divulgação de resultados do segundo trimestre, que se inicia neste mês, deve trazer à tona uma dolorosa verdade, do difícil momento que diversos setores e empresas estão vivenciando. Resta saber o quanto das más notícias no curto prazo já estão precificadas”, afirmou.

O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre e as ofertas de ações de empresas domésticas já cresceram 10% no primeiro semestre, segundo dados da Refinitiv.

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O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre (Imagem: Pixabay)

Com o desempenho desta sessão, o analista Fernando Góes, da Clear Corretora, destacou que, embora a marca dos 100 mil pontos tenha um efeito psicológico grande, “graficamente começamos a olhar para os 105/107 mil pontos, que deve ser o novo alvo”.

A última vez em que o Ibovespa fechou acima dos 100 mil pontos foi em 5 de março.

Destaques

B2W (BTOW3) fechou com elevação de 8,63%, após sua controladora Lojas Americanas anunciar oferta de ações de até 7 bilhões de reais que inclui a varejista online como um dos destinos dos recursos captados na operação. A Lojas Americanas disse que avalia capitalizar a B2W em 3 bilhões de reais. Lojas Americanas (LAME4) subiu 5,16%. Via Varejo (VVAR3) avançou 2,64% e Magazine Luiza (MGLU3) encerrou praticamente estável.

Lojas Americanas subiu 5,16% após anunciar oferta de ações de até 7 bilhões (Imagem: Renan Dantas/Equipe Money Times)

Cogna (COGN3) avançou 5,56%, após pedir registro para oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da sua subsidiária Vasta nos Estados Unidos. No setor de educação, YDUQS (YDUQ3) subiu 1,39%.

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CVC Brasil (CVCB3) disparou 10,55%, no embalo do otimismo com a reabertura de países ao turismo, com empresas áreas brasileiras também aumentando a oferta de voos.

Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) valorizaram-se 6,09% e 4,64%, respectivamente. No fim de semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, prometeu que até 1º de fevereiro a Casa não pautará novos impostos no Brasil. Uma dos riscos para as ações de bancos era a chance de alta da CSLL para atenuar o efeito do Covid-10 na arrecadação federal.

Petrobras (PETR4) subiu 2,41%, na esteira da alta do petróleo Brent no exterior, além de avanços em seu plano de desinvestimento. Os ministérios da Economia e de Minas e Energia defenderam que a decisão da Petrobras de vender ativos de refino não vai contra decisão do Supremo Tribunal Federal sobre desestatizações.

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Petrobras subiu 2,41%, na esteira da alta do petróleo Brent no exterior (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Vale (VALE3) teve acréscimo de 2,37%, na esteira da alta dos preços do minério de ferro na China. A mineradora também informou que sua subsidiária integral Vale Overseas Limited pretende emitir bonds com vencimento em 2030, em operação que será garantida pela companhia.

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IRB (IRBR3) caiu 1,76%, com o papel ainda afetado pelo anúncio de que fará captação bilionária para repor provisões técnicas regulatórias afetadas por fraude contábil.

JHSF (JHSF3) avançou 3,52%, após anunciar oferta primária e secundária restrita de até 44.427.950 ações, que espera precificar em 15 de julho.

Smiles (SMLS3) caiu 2,39%, pior desempenho do índice Small Caps, após seu conselho aprovar a compra de 1,2 bilhão de reais em créditos da Gol para uso futuro. GOL (GOLL4) subiu 3,12%, com dados de junho no radar.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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