Ibovespa futuro pode reverter tendência de alta; veja análise do BTG

O Ibovespa futuro (WINV25) opera em queda na manhã desta quarta-feira (3), aos 141.990 pontos, estendendo as perdas da véspera (2). Segundo a análise técnica do BTG Pactual, as médias de 21 e 50 períodos começaram a se aproximar, indicando a possibilidade de cruzamento de baixa.
Para os analistas, apesar da desvalorização recente, uma reversão da tendência de alta para baixa só seria configurada caso o ativo volte a operar abaixo da média de 200 períodos, aos 139.300 pontos.
As resistências imediatas estão em 143.600 pontos e 144.740 pontos, enquanto os suportes seguem na média de 200, em 139.300 pontos, e posteriormente em 135.900 pontos.
No pregão de ontem (2), o mini índice caiu 0,77%, fechando aos 142.500 pontos.
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Já o dólar futuro (WDOV25) engata o terceiro pregão consecutivo de ganhos nesta quarta-feira (3).
De acordo com a análise técnica do BTG Pactual, o ativo testou a região dos 5.540 no gráfico de 60 minutos, mas falhou em dar continuidade ao movimento comprador na sessão de ontem (2). O mini dólar teve valorização de 0,52% e fechou aos 5.506 pontos.
Para os analistas, os 5.490 pontos atuais, que é a média de 21 períodos, atua como suporte dinâmico da tendência de alta no curto prazo. “Para confirmar a continuidade desse movimento, será necessário o rompimento do topo em 5.540, o que acionaria um pivô de alta com alvo em 5.610”, escreveram
Os suportes imediatos do mini dólar estão em 5.490 e 5.450 pontos.
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BTG de olho no setor de transportes
No radar diário de ações, os analistas do BTG Pactual reiteraram a recomendação de compra para Marcopolo (POMO4) após o encontro anual com investidores e analistas (Investor Day) da companhia. O preço-alvo é de R$ 12.
A equipe formada por Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Samuel Alkmin e Marcel Zambello avaliou, em relatório, que o evento reforçou a tese de valuation baixo, rendimento de dividendos (dividend yield) sólido de aproximadamente 7% neste ano, e a aceleração de lucros no segundo semestre (2S25) com mix mais rentável.
Os analistas também destacaram que a verticalização avança com a planta de São Mateus (ampliada de 65k para 95k m²), produzindo chassis diesel (Volare) e elétricos (urbanos) — o que “reduz dependência de terceiros e sustenta expansão de margem, ainda pouco modelada pelo mercado”.
No externo, as operações na Argentina e na Austrália são suporte de curto prazo e o México é o foco da empresa para 2026. “A empresa prepara entrada estratégica na Europa com lançamento em feira em outubro.”
O BTG ainda afirma que a demanda segue resiliente, com turismo, substituição parcial do aéreo e fretamento puxado por agro, mineração e sites remotos.
A Localiza (RENT3) também teve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 56, mantida, mesmo com a queda no preço de veículos usados e volatilidade no preço de carros novos.
“Os dados da FIPE do mês vieram ruins para seminovos e voláteis para novos: usados com queda de 0,78% na base mensal, contra queda de 0,52% em julho; enquanto novos subiram 0,86% em agosto ante queda de -1,78% do mês anterior, abrindo um gap de 1,64%. Julgamos que a alta em novos não é ‘real’: a FIPE publica preços listados (não preços transacionados), possivelmente ‘contaminada’ por modelos 2026 e táticas comerciais das montadoras”.