Mercados

Ibovespa Futuro: Maior IPCA desde 2015 anula força de bom humor global

11 jan 2022, 9:16 - atualizado em 11 jan 2022, 9:20
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Pessimismo: inflação alta elevam chances de Banco Central brasileiro intensificar ajuste de juros (Imagem: REUTERS/ Paulo Whitaker)

O Ibovespa Futuro até tenta pegar carona no otimismo internacional, mas está difícil. Os contratos com vencimento em fevereiro abriram esta terça-feira (11) em alta, mas bastou a divulgação do IPCA acumulado de 2021 para que a tendência de alta perdesse rapidamente a força e revertesse para queda.

Para se ter uma ideia, em apenas 12 minutos, o índice foi de uma alta de 0,26%, aos 103.368 pontos, para uma queda de 0,12%, aos 102.970 pontos.

IPCA

A inflação medida pelo IPCA desacelerou para 0,73% em dezembro, fechando o ano com aumento de 10,06%, informou o IBGE nesta terça-feira (11).

O resultado ficou acima do esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,65% em dezembro na comparação mensal, levando a inflação para 9,97%, segundo consenso Refinitiv.

O taxa de 2021 é a maior acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%, e extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, cujo teto era de 5,25%.

Jerome Powell

Os índices futuros operam em alta nos Estados Unidos, refletindo o otimismo do mercado com a audiência de Jerome Powell no Senado, programada para o início desta tarde de terça-feira (11). O presidente do Federal Reserve será ouvido pelos senadores como parte de sua possível recondução a mais um mandato à frente do banco central norte-americano.

Às 8h25 (horário de Brasília), o Dow Jones Futuro subia 0,20%, para 36.023 pontos; o S&P Futuro, 0,31%, para 4.676 pontos; e o Nasdaq Futuro, 0,44%, para 15.676 pontos.

Guinada histórica

A Nasdaq, aliás, deu o tom da mudança, para melhor, do humor dos investidores em relação a Powell. Ontem, o índice à vista protagonizou uma virada histórica ao longo do pregão, revertendo uma queda de 2,7% para um fechamento em leve alta de 0,05%. Segundo o site americano MarketWatch, não se via uma recuperação intraday desta magnitude desde 28 de fevereiro de 2020.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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