Mercados

Ibovespa futuro segue exterior e tem alta de mais de 1%

06 ago 2019, 9:46 - atualizado em 06 ago 2019, 9:58
Investidores avaliam cenário externo e volta dos trabalhos em Brasília (Imagem: Bloomberg)

Por Investing.com

A jornada desta terça-feira começa com valorização para o índice futuro do Ibovespa, que avança 1,16%, depois de perder quase 3% na véspera. Na pauta, além das repercussões na disputa comercial entre Estados Unidos e China, está a retomada do trabalho no Congresso Nacional e a temporada da balanços.

Já o dólar comercial começa com queda de 0,71.

O Banco Central estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual voltou a indicar que há espaço para “ajuste adicional” nos juros básicos da economia.

Segundo o documento, a atividade econômica deve ainda mostrar “alguma aceleração” nos trimestres seguintes, reforçada pelos estímulos decorrentes dos saques de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/PASEP, investida concebida pelo governo para injetar ânimo à retomada econômica.

As perdas do iuan se estabilizaram nesta terça-feira depois que autoridades adotaram medidas para conter a queda, enquanto o mercado acionário chinês recuou após os Estados Unidos classificarem a China como manipulador comercial.

A moeda chegou a cair até 2,7% nos últimos três dias, rompendo o nível simbólico de 7 por dólar, afetando as ações e elevando os títulos uma vez que investidores temem que o valor do iuan se torne mais um capítulo na guerra comercial.

Na segunda-feira, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin disse que o governo dos Estados Unidos estabeleceu que a China está manipulando o câmbio e vai trabalhar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para eliminar competição injusta de Pequim.

Em resposta, a China anunciou que suas empresas pararam de comprar produtos agrícolas dos EUA e disse que classificar o país como manipulador cambial vai “prejudicar seriamente a ordem financeira internacional e provocar caos nos mercados financeiros”.

Bolsa Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,65%, a 20.585 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG cai 0,67%. Em XANGAI, o índice SSEC perde 1,56%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, cai 1,07%, a 3.636 pontos.

Na Europa, a terça-feira dá sinais que o dia será de recuperações para as bolsas do continente. Em Frankfurt, o DAX soma 0,33%, enquanto que em Londres, o FTSE soma 0,20% aos 7.237 pontos. Já em Paris, o CAC avança 1,01% aos 5.294 pontos.

Commodities

Pelo quarto dia consecutivo, a sessão desta terça-feira foi marcada pela desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento em janeiro de 2020, recuou 2,19% a 693,50 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 15,50 iuanes.

Na mesma direção foram os papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai e amargaram uma nova queda em seus preços. O contrato mais líquido, com entrega para outubro do atual calendário, recuou 71 iuanes para 3.707 iuanes por tonelada, enquanto que os de janeiro de 2020, segundo mais negociado, cedeu 56 iuanes para 3.497 iuanes por tonelada.

Para os preços internacionais do petróleo, a terça-feira se mostra levemente positiva. Em Nova York, o barril do tipo WTI é negociado com ganhos de 0,30%. Já em Londres, o Brent avança 0,30%.

Mercado Corporativo

 Petrobras (PETR4)

Liquigás

Grupos liderados pela Itaúsa (ITSA4), SHV Energy, dona da SuperGasbras, e pelo fundo de Abu Dhabi Mubadala devem entregar na quarta-feira propostas vinculantes para comprar a distribuidora de gás Liquigás, da Petrobras, disseram duas fontes com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.

CVC (CVCB3) Capital Partners e Advent International, ambas gestoras de fundos de private equity, decidiram não entregar propostas depois de avaliar que o negócio seria mais adequado para investidores estratégicos. CVC e Advent se negaram a comentar o assunto.

Itaúsa e SuperGasbras, uma subsidiária da holandesa SHV Energy, também não quiseram comentar o assunto.

Recentemente, o governo brasileiro anunciou plano para novas regras para aumentar a competitividade no setor de gás natural, incluindo o GLP, num movimento que deve trazer impacto para as propostas por Liquigás.

GLP

A Petrobras revisou a política de preços para o gás liquefeito de petróleo (GLP) comercializado em botijões de até 13 kg, conhecido como gás de cozinha, permitindo que o insumo seja reajustado sem periodicidade definida e usando como referência o preço de paridade de importação, informou a companhia nesta segunda-feira.

Também serão acrescidos ao valor do gás custos do frete marítimo, despesas internas de transporte, e uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, explicou a companhia.

Com essas alterações, segundo a Petrobras, fica extinto o mecanismo de compensação previsto na política divulgada no início de 2018, na então gestão de Pedro Parente, que considerava a média móvel de cotações internacionais e de câmbio dos últimos 12 meses.

AES Tietê (TIET11)

A elétrica AES Tietê, controlada pela norte-americana AES, registrou lucro líquido de R$ 35,4 milhões no segundo trimestre de 2019, um recuo de 61,9% em relação a igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira.

Segundo a empresa, a retração no valor se deu, entre outros fatores, por uma redução de 40 milhões de reais na margem do período, especialmente devido à estratégia de sazonalização adotada pela companhia.

Entre as fontes energéticas utilizadas pela AES Tietê, houve no período, em comparação anual, um leve avanço na geração de energia por fonte hídrica, que chegou a 2.236 gigawatts-hora (GWh), mas uma queda de 15% na geração eólica, que terminou o trimestre com 382,8 GWh.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) reportado pela empresa foi de 225,5 milhões de reais, uma baixa de 16,6% ante igual período de 2018. A receita líquida, por outro lado, avançou 7,3%, para 495,7 milhões de reais.

 IRB Brasil (IRBR3)

A resseguradora IRB Brasil teve um salto de 35% no lucro do segundo trimestre e elevou sua previsão de crescimento dos prêmios emitidos para 2019, após anunciar acordos com o grupo C6 e para comprar uma fatia da prestadora suíça de serviços de seguros B3i Services.

A companhia, que no mês passado teve uma fatia do capital equivalente a cerca de 7,4 bilhões de reais vendida pelo governo federal e pela BB Seguros, anunciou nesta segunda-feira que seu lucro de abril a junho somou 388,4 milhões de reais.

Os prêmios emitidos no período cresceram 22% ano a ano, para 2,4 bilhões de reais. A IRB Brasil atribuiu o resultado do trimestre à sua expansão no mercado de óleo e gás e ao aumento do preço nos ativos imobiliários.

Por outro lado, a sinistralidade medida pela PSL (Provisões de Sinistros a Liquidar) saiu de 53% para 65%, principalmente devido aos avisos de sinistros ligados ao segmento agrícola.

 TAESA

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica Taesa (TAEE11) informou na segunda-feira que encerrou o segundo trimestre do ano registrando lucro líquido de R$ 307,4 milhões, um avanço de 11,3% na comparação com os R$ 276,2 milhões do mesmo período do ano passado, já com a metodologia IFRS. Com isso, no acumulado do ano, o lucro líquido é de R$ 467,0 milhões, queda de 8% na base anual, quando foram registrados R$ 507,4 milhões para os seis primeiros meses de 2018.

Desta forma, a receita líquida, também com os critérios das normas IFRS, totalizou R$ 427,5 milhões entre abril e junho deste ano, alta de 14,2% ante os R$ 374,3 milhões de um ano antes. Em seis meses, o resultado cresceu 8,7%, de R$ 708,2 milhões em2018 para R$ 769,7 milhões neste ano.

O Ebitda alcançou R$ 309,4 milhões, queda de 14,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando foi de R$ 361,3 milhões. Desta forma, em um ano, a margem Ebitda foi de 87,3% para 85,9%.

Locamerica (LCAM3) (Unidas)

A Locamerica (Unidas) registrou nos três meses que fecharam o semestre um lucro líquido contábil de R$ 81,9 milhões, salto de 70,7% na comparação com os R$ 48 milhões de um ano antes, números com as regras IFRS 16. Assim, no primeiro semestre, o lucro foi de R$ 155,7 milhões, contra R$ 69,4 milhões de um ano antes, alta de 124,4%.

Entre abril e junho deste ano, a companhia registrou receita líquida de R$ 1,154 bilhão, contra R$ 766,3 milhões de um ano antes, variação de 50,7%, já considerada as regras de IFRS 16. O desempenho foi puxado pelo segmento de venda de seminovos, com R$ 630,4 milhões, alta de 62,5%, superando as receitas com locação, no total de R$ 582,6 milhões.

Desta forma, o Ebitda recorrente do trimestre foi de R$ 316,5 milhões, alta de 32,9% na comparação com os R$ 238,2 milhões do mesmo período do ano passado. Com isso, a margem Ebitda recorrente variou de 62,9% para 60,3% na comparação anual.

A Gol (GOLL4) teve aumento de 7,2 por cento na demanda de passageiros por voos em julho sobre um ano antes, enquanto sua oferta de lugares avançou 3,4 por cento, em meio aos reflexos gerados pelo colapso da rival Avianca Brasil, informou a companhia aérea nesta segunda-feira.

Com isso, a taxa de ocupação dos aviões da empresa no mês passado avançou 3 pontos percentuais sobre o registrado um ano antes, para 84,6 por cento. No mesmo doméstico, a demanda por voos da empresa subiu 1,8 por cento em julho na comparação anual, enquanto a oferta recuou 0,8 por cento.

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