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Ibovespa (IBOV) fecha em queda pressionado por Petrobras (PETR3) e Vale (VALE3)

14 abr 2022, 17:17 - atualizado em 14 abr 2022, 19:02
Ibovespa
De acordo com Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA, o Ibovespa seguiu o mau-humor externo  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (14) em queda de 0,51%, puxada por blue chips, como Petrobras (PETR3) e Vale (VALE3).

Além disso, o índice também foi pressionado pelo exterior, com as bolsas de Wall Street fechando em queda.

De acordo com Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA, o Ibovespa seguiu o mau-humor externo e também sofreu com as mazelas internas, com as incertezas no cenário fiscal e inflacionário, com destaque para as preocupações com o reajuste dos servidores.

Notícias que movimentaram o mercado hoje

Eleição na Petrobras

Nesta quinta-feira (14), o conselho da Petrobras elegeu José Mauro Ferreira Coelho como o novo presidente da estatal.

Na noite anterior, quando foi confirmado como integrante do Conselho de Administração da companhia, o executivo já havia sido considerado ‘elegível’ pra o cargo.

Após Adriano Pires desistir oficialmente de presidir a Petrobras, Coelho foi indicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para assumir a função.

Em seu discurso de posse, Coelho, disse nesta quinta-feira que a prática de preços de mercado de combustíveis pela companhia é condição necessária para atrair novos investimentos e garantir o abastecimento no Brasil.

Durante cerimônia de posse, ele lembrou que o país precisa importar combustíveis para atender sua demanda, “o que impõe grandes desafios para garantir abastecimento”.

Governo cede a pressão de servidores

A decisão do governo de conceder um reajuste linear de 5% a todo o funcionalismo federal a partir de julho não foi bem recebida por representantes sindicais, que alegam ser um benefício insuficiente e prometem manter a mobilização dos servidores para pressionar o Executivo.

Após semanas de discussão, o governo optou na quarta-feira por dar o aumento a todas as carreiras buscando debelar paralisações que já afetam órgãos públicos e fazendo um aceno ao funcionalismo no ano eleitoral.

A proposta, que tem um custo aproximado de 6 bilhões de reais neste ano, ainda não foi anunciada formalmente.

Destaque

PETROBRAS PN (PETR3) caiu 1,2%, mesmo com a alta de 2,7% do óleo tipo Brent. O novo presidente-executivo da Petrobras, José Mauro Coelho, disse em cerimônia de posse que a prática de preços de mercado pela companhia é condição necessária para atrair novos investimentos.

VALE ON (VALE3) cedeu 1,4%, mesmo com o minério de ferro na China tendo leve alta. Os contratos futuros do aço chinês tiveram ganhos, com os investidores aguardando medidas de estímulo do governo à economia devido ao recente ressurgimento dos casos de Covid-19. Siderúrgicas apontaram queda.

VIBRA ON (VBBR3) teve alta de 2,8%, marcando o segundo ganho em sequência após sete baixas seguidas.

YDUQS ON (YDUQ3) afundou 7,1%, TOTVS ON (TOTS3) perdeu 4,1% e PETZ ON (PETZ3) recuou 4%, entre principais baixas em percentual do dia.

AZUL PN (AZUL4) cedeu 5% e GOL PN (GOOL4) desvalorizou-se 3,5%.

MÉLIUZ ON  (CASH3) teve queda de 2,8%, após volume de vendas consolidado medido pelo indicador GMV subir 65% no primeiro trimestre sobre um ano antes, segundo dados operacionais não auditados divulgados pela companhia.

JBS ON (JBSS3)cresceu 2,75%, segunda alta consecutiva, com analistas citando perspectivas para resultados da empresa, especialmente sua unidade na América do Norte.

CYRELA ON (CYRE3) recuou 1%. A construtora teve lançamentos no primeiro trimestre de 1,04 bilhão de reais, um salto de 146,3% ante mesma etapa de 2021.

EQUATORIAL ON (EQTL3)  aumentou 1,9%, CPFL ENERGIA ON (CPFE3) mostrou acréscimo de 1,8% e EDP ENERGIAS DO BRASIL ON (ENBR3) expandiu 1,7%.

Com Reuters e Giovanna Leal

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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