Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Crise de energia na Europa rouba a cena em dia de feriado nos EUA 

05 set 2022, 8:18 - atualizado em 05 set 2022, 8:34
Ibovespa Mercados
Ibovespa deve sentir liquidez reduzida, em dia de feriado nos Estados Unidos, e pressão vinda do exterior em meio à crise de energia na Europa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa deve ter uma semana arrastada, com os feriados nos Estados Unidos, hoje, e no Brasil, na quarta-feira, esvaziando a liquidez dos mercados. A bolsa brasileira testa a dinâmica própria diante da pressão vinda do exterior, especialmente da Europa, em meio à crise de energia na região. 

O prolongamento da paralisação do envio do gás russo pelo Nord Stream 1 agravou ainda mais a situação. Com isso, cresce a expectativa por uma decisão agressiva (“hawkish”) do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. 

Mas a previsão de que a taxa de juros suba 0,75 ponto percentual (pp) não segura o euro na paridade de US$ 1. Já a atividade na região da moeda única segue sentindo a pressão dos custos, que inviabiliza muitos negócios, aprofundando a tendência de contração. 

Da mesma forma, a fraqueza do yuan chinês (renminbi), que caiu ao menor nível em mais de dois anos, e o novo aperto nas restrições em algumas cidades chinesas por causa da covid-19 reforçam os sinais de desaceleração econômica na China. Porém, o minério de ferro fechou em alta hoje, mesmo diante de um forte terremoto em Sichuan

Ao mesmo tempo, há o receio de que o cartel de países produtores de petróleo e aliados (Opep+) confirme um corte na produção da commodity durante reunião nesta segunda-feira (5), içando os preços do barril. As referências WTI (americana) e Brent (internacional) sobem quase 3% nesta manhã.

Inflação x recessão

Portanto, o risco de recessão global continua no radar. Vale lembrar que os dados em linha com o esperado sobre o emprego nos Estados Unidos (payroll) na última sexta-feira (2) serviram de argumento aos mercados de que o Federal Reserve vai recuar no ritmo de aumento da taxa de juros. 

Contudo, a falta de mão de obra para os postos de trabalho existentes segue pressionando a inflação, mantendo a postura hawkish do Fed para combater a alta dos preços. Da mesma forma, a zona do euro deve passar por um forte aperto monetário, enquanto a China desacelera enquanto ergue novos lockdowns.

E ainda tem eleição

Por aqui, faltam 27 dias para o primeiro turno das eleições. Segundo a pesquisa FSB, encomendada pelo BTG, a distância entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro segue abaixo de dez pontos percentuais (pp). 

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h05:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve alta de 0,26%; o do S&P 500 subia 0,10%; e o do Nasdaq tinha baixa de 0,05%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 1,25%; a bolsa de Frankfurt cedia 2,52%; a de Londres perdia 0,68% e a de Paris caía 1,77%.

Câmbio: o DXY subia 0,25%, a 109.81 pontos; o euro caía 0,24%, a US$ 0,9933; a libra oscilava com +0,02%, a US$ 1,1514; o dólar subia 0,20% ante o iene, a 140,49 ienes.

Commodities: o futuro do petróleo WTI subia 2,72%, a US$ 89,16 o barril; o do petróleo Brent ganhava 2,89%, a US$ 95,71 o barril; o minério de ferro para janeiro avançou 2,10% em Dalian (China), a 679,50 yuans.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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