Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Dia seguinte à ata do Fed é de recuperação

18 ago 2022, 8:03 - atualizado em 18 ago 2022, 8:15
Bitcoin
Ibovespa deve acompanhar recuperação dos ativos no exterior, que digerem a ata do Fed divulgada ontem e veem um postura suave em relação à taxa de juros nos EUA (Imagem: Reuters/Joshua Roberts)

O Ibovespa seguiu resiliente ontem e manteve o dia positivo, apesar das quedas nas bolsas de Nova York. Hoje, porém, os índices futuros em Wall Street amanheceram em alta, o que tende a manter o ritmo da renda variável local.

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A percepção do mercado financeiro de um viés mais suave (“dovish”) do Federal Reserve na ata da reunião de julho sustenta o apetite por risco no exterior. As bolsas europeias ignoram as perdas na Ásia e seguem o sinal vindo de NY, apesar dos renovados recordes nos preços de energia na região.

Aliás, o petróleo também sobe. Já o minério de ferro caiu quase 3% no mercado futuro chinês (Dalian), vindo abaixo de 700 yuans. As ondas de calor em toda a Eurásia paralisam as atividades na China, ao mesmo tempo em que empurram a demanda europeia para níveis acima do normal.

Mas os investidores permanecem alheios ao problema do gás na Europa e às mudanças estruturais na economia chinesa. Ainda assim, tais desafios são enormes e precisam ser superados. Do contrário, o impacto na economia global deve ser grande.

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Fed dovish?

O mercado digeriu bem a ata do Fed, divulgada ontem. Apesar de o documento mostrar alguma preocupação com a desaceleração econômica nos Estados Unidos, a autoridade monetária ressaltou que já sente algum efeito do ciclo de alta dos juros na demanda. Mas não mencionou qualquer risco de recessão.

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Ao mesmo tempo, o Fed reforçou que o objetivo principal é combater a alta da inflação e destacou que ainda há um longo caminho até a convergência à meta. Mas tudo isso foi dito antes da desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI) em julho, que deixou a impressão de que o pico teria sido alcançado.

Portanto, foi a senha que o mercado precisava para solidificar em pouco mais de 60% as apostas de aumento menor na taxa em setembro, em 0,50 ponto percentual (pp). Nas duas últimas reuniões, o aperto havia sido maior, de 0,75 pp, cada.

Porém, o sinal amarelo segue aceso. Afinal, o mesmo Fed que pensava que a inflação era transitória, agora parece estar comemorando o pico da inflação e isso leva o mercado a antecipar a chegada de um “pivô” do Fed.

Ou seja, a dinâmica mais positiva dos mercados globais e até mesmo a decisão do Fed não está clara. E qualquer mudança de paradigma ou tendência depende dos próximos indicadores econômicos.

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A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,14%; o do S&P 500 subia 0,16%; e o do Nasdaq avançava 0,13%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,36%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,84%; a de Londres estava estável, enquanto a de Paris avançava 0,54%.

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,14%, a 106.73 pontos; o euro caía 0,11%, a US$ 1,0168; a libra tinha +0,04%, a US$ 1,2054; o dólar subia 0,13% ante o iene, a 135,24 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos caía a 2,882%, de 2,900% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,258%, de 3,279% na sessão anterior

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Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,34%, a US$ 1.782,80 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,04%, a US$ 89,05 o barril; o do petróleo Brent ganhava 1,33%, a US$ 94,90 o barril; o minério de ferro para janeiro teve queda de 2,76% em Dalian (China), a 687 yuans

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.