Mercados

Wall Street fecha em queda, com magnitude do aperto monetário voltando a assombrar investidores

17 ago 2022, 17:42 - atualizado em 17 ago 2022, 17:42
Wall Street
Wall Street encerra pregão da quarta em baixa, temendo juros a 4% no final do aperto (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Os índices de Nova York fecharam o pregão da quarta-feira (17) em queda, repercutindo a divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do BC norte-americano.

Ao final do pregão, o Dow Jones caiu 0,50%, o S&P 500 recuou 0,72% e o Nasdaq perdeu 1,25%.

Os números do encerramento ficaram distantes do ‘reflexo de joelho’ que acometeu Dow e S&P 500 nos momentos seguintes à divulgação do Fomc, sugerindo uma virada dos dois índices para território positivo (que não veio).

Ata reforça compromissos e discute neutralidade de juros

A ata do Fomc fez questão de relembrar aos mercados o seu compromisso com a condução do aperto monetário até que a inflação volte à meta oficial.

Outro ponto importante da ata foi a exposição do debate sobre a neutralidade da taxa de juros que colocou Jerome Powell e outros dirigentes em lados opostos.

O presidente do Fed já havia defendido em coletiva, ao final de julho, que a taxa atual está adequadamente próxima do patamar neutro. Por outro lado, surge na ata uma ala de dirigentes que discorda da leitura de Powell, argumentando que o nível da taxa básica de juros permaneceu “abaixo dos níveis neutros de curto prazo” e elevações mais agressivas precisam ser consideradas.

Boa noticia vinda do varejo foi neutralizada

A repercussão negativa da ata sobre os mercados anulou a ‘boa notícia’ vinda do setor de varejo.

A despeito das vendas não terem avançado no mês de julho, o indicador do Departamento de Comércio revelou queda dos preços de combustíveis na bomba, reabrindo maior margem de gastos familiares com bens de consumo para os próximos meses.

O dado, contudo, enfrentou contestação com o desempenho da Target (TGT), uma das maiores varejistas americanas. A empresa reportou queda de 90% do lucro na venda de bens discricionários, acarretando queda de quase 3% ao fim do dia dos papéis listados no S&P 500.

É certamente um balde de água fria para quem já crava que chegou a hora e a vez do setor de consumo.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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