Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Entre clima de Copa do Mundo e tensão com novo governo

21 nov 2022, 7:43 - atualizado em 21 nov 2022, 7:43
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Ibovespa não quer só saber de Copa do Mundo e também monitora noticiário sobre novo governo, em semana que se espera baixa liquidez nos negócios (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa inicia a semana dividido entre o clima festivo da Copa do Mundo que começou ontem (20) e a tensão com o novo governo que assume o poder em 2023. Enquanto Inglaterra e Holanda entram em campo hoje (21) no Catar, aqui as especulações sobre a PEC da Transição seguem. 

O pregão da última sexta-feira (18) mostrou o quão sensíveis ao tema estão os investidores. Tudo parecia ir bem, com a chegada dos “alckmistas”, mas bastaram novas notícias na direção contrária para o jogo virar. Aliás, esse vaivém dos mercados domésticos tende a ganhar mais força nos próximos dias, em meio à baixa liquidez.

Até se poderia dizer que a expectativa de baixo volume financeiro deve-se à Copa do Mundo, principalmente na quinta-feira, dia da estreia do Brasil no torneio de futebol. Mas o que deve drenar o giro dos negócios é o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que fecha os mercados em Nova York na quinta-feira e abrevia o pregão no dia seguinte. 

Semana de Copa do Mundo tem agenda cheia

Antes, porém, saem dados de atividade no exterior e também a ata da reunião deste mês do Federal Reserve. O documento a ser divulgado na quarta-feira tende a calibrar as apostas sobre uma redução no ritmo de aumento da taxa de juros norte-americana, apesar do tom duro (“hawkish”) na fala de membros do Fed

Por aqui, merece atenção a prévia deste mês da inflação ao consumidor, na quinta-feira. O IPCA-15 deve ampliar o fim da tendência de queda apontada pelo indicador já em outubro, mantendo o sinal de alerta sobre o rumo da Selic. Depois de anular a expectativa de corte prematura no juro básico, cresce o risco de retomada das altas na taxa básica de juros.

Com isso, merece atenção o relatório Focus do Banco Central, que sai logo mais (8h25). O documento pode trazer revisões importantes para as principais variáveis macroeconômicas, em meio às indefinições sobre o terceiro mandato de Lula. Por tudo isso, a cautela tende a permear os mercados globais, com uma dose extra de volatilidade.

Ainda mais, com a volta de um velho conhecido dos investidores, que abala os ativos de risco no exterior. As primeiras mortes por covid-19 registradas em Pequim em seis meses reacenderam o alerta em relação à atividade econômica na China, esvaziando as esperanças de fim da estratégia de Covid Zero.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h30:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,28%; o do S&P 500 recuava 0,55%; enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,72%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 0,24%, a 29.54 pontos no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha baixa de 0,33%, enquanto o da Petrobras estava estável; 

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,09%; a bolsa de Frankfurt cedia 0,41%; a de Paris tinha queda de 0,17% e a de Londres caía 0,08%;

Câmbio: o índice DXY tinha alta de 0,78%, a 107.76 pontos; o euro caía 0,87%, a US$ 1,0237; a libra recuava 0,70%, a US$ 1,1805; o dólar tinha alta de 0,98% ante o iene, a 141,76 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,840%, de 3,827% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,531%, de 4,514%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro cedia 0,69%, a US$ 1.742,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI recuava 0,55%, a US$ 79,66 o barril; o do petróleo Brent caía 0,58%, a US$ 87,11 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em baixa de 0,80%, a 739,50 yuans a tonelada métrica.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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