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Ibovespa (IBOV) ganha empurrão de Banco do Brasil (BBAS3) nesta sexta (6), mas não se salva na semana; veja

06 out 2023, 17:19 - atualizado em 06 out 2023, 17:29
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Ibovespa conseguiu virar para alta nesta sexta-feira (6) com melhora de sentimento (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) se recuperou nesta sexta-feira (6), impulsionado pela recuperação das bolsas em Wall Street. Ainda assim, o índice de referência da B3 não escapou de uma semana negativa.

Hoje, o Ibovespa subiu 0,78%, a 114.169,63 pontos. O índice chegou a cair para abaixo dos 112 mil pontos pela primeira vez em quatro meses, mas conseguiu reverter a baixa com a melhora no exterior.

Na semana, o Ibovespa ainda fechou com uma baixa acumulada de 2,05%.

Em um primeiro momento, os mercados se assustaram com os dados do payroll divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Foram criadas 336 mil vagas fora do setor agrícola em setembro, mais do que em agosto e superando as expectativas. Os dados de agosto, inclusive, foram revisados para cima.

As informações reforçam a leitura de que o mercado de trabalho nos EUA segue aquecido e levantam preocupações quanto às próximas decisões do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros do país.

A Super Quarta de setembro também acendeu um sinal de alerta quanto à trajetória dos juros dos EUA, uma vez que o comunicado divulgado pelo Federal Reserve (Fed) após pausar o ciclo de aperto monetário em 5,25-5,50% sinalizou que a taxa de referência de juros da maior economia do mundo poderia permanecer em patamares elevados por mais tempo.

No Brasil, o Banco Central deu seguimento ao movimento de afrouxamento monetário, com um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic. No entanto, o comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deu a entender que um ritmo de corte mais agressivo levantado pelos agentes financeiros mais otimistas, de 0,75 ponto percentual, é pouco provável de acontecer.

Após o susto inicial, investidores digeriram melhor os números. Fabio Louzada, analista e fundador da Eu Me Banco, destaca um aspecto positivo nos dados.

“Apesar da criação de vagas maior que o esperado, o salário médio por hora diminuiu, o que mostra que o gasto do americano pode estar caindo, o que beneficia a inflação dos EUA. Isso acabou melhorando o sentimento de risco do mercado”, explica.

Dentro do universo das ações brasileiras, o destaque ficou para Banco do Brasil (BBAS3), que disparou 4,07%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.