Mercados

Ibovespa (IBOV) salta com Vale (VALE3) e ronda os 118 mil pontos; o que falta para uma guinada maior, segundo BBA

01 set 2023, 17:27 - atualizado em 01 set 2023, 17:29
Ibovespa sobe com força no primeiro dia de setembro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) começou o mês de setembro bem, tendo disparado nesta sexta-feira (1º). O índice, que é referência na Bolsa brasileira, subiu 1,86% na sessão, a 117.892,96 pontos.

Com o fechamento do dia, o Ibovespa encerrou a semana com ganhos acumulados de 1,77%.

As ações da Vale (VALE3) dispararam 5,85% e explicam parte da guinada do índice. Além do avanço semanal do minério de ferro na Ásia, a mineradora se beneficiou com a recomendação “overweight” do JP Morgan.

A Bradespar (BRAP4), que investe na Vale, figurou entre as maiores altas com a valorização de 5,02%.

Petrobras (PETR3;PETR4) também puxou o Ibovespa para cima, beneficiando-se da forte valorização dos preços do petróleo. A estatal também anunciou um aumento de cerca de 20% no preço do querosene de aviação em seus principais pontos de venda.

Investidores repercutiram dados econômicos positivos divulgados tanto no Brasil quanto no exterior. Por aqui, a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a economia avançou 0,9% no segundo trimestre de 2023 ante o trimestre anterior, acima das expectativas de 0,3%.

Da ala política, o Ministério do Planejamento entregou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024, com alguns pontos ficando de fora.

Por exemplo, o reajuste dos salários dos servidores públicos federais e dos benefícios do programa do Bolsa Família não fazem parte da proposta enviada. Além disso, uma nova correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física não está no radar.

Nos mercados internacionais, a repercussão ficou para os dados de emprego nos Estados Unidos. O destaque mesmo foi o aumento da taxa de desemprego, que cresceu 3,8%, além de uma moderação no crescimento de salários. Os dados indicam que a atividade econômica do país está esfriando, o que pode levar o banco central Federal Reserve (Fed) a adotar uma postura mais branda em relação aos juros.

A China também movimentou esta sexta em meio a anúncio de novas medidas para reaquecer a economia. O banco central do país disse que reduzirá a taxa de reserva cambial, enquanto bancos cortaram taxas para hipotecas.

Além disso, números da atividade industrial chinesa mostram sinais promissores. O Índice de Gerentes de Compra (PMI) para a indústria do Caixin/S&P Global subiu a 51 em agosto, de 49,2 em julho, superando as previsões dos analistas, de 49,3.

Indefinição no curto prazo

Segundo análise técnica do Itaú BBA, o Ibovespa está em cenário de indefinição no curto prazo.

“A indefinição no curto prazo vai colocar a paciência do investidor para ser testada”, diz relatório.

Para que as compras voltem ao radar do investidor, avalia a instituição, o índice precisa se sustentar por pelo menos dois fechamentos acima dos 118.200 pontos. Superando o patamar, haveria espaço para um avanço no curto prazo até os 123.000 pontos.

Como suportes, o BBA cita níveis em 115.300 pontos e 114.000 pontos. Caso perca esse suporte, o índice voltará para “importante região” em 111.600 pontos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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