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Mesmo com recuo da Petrobras (PETR4), Ibovespa (IBOV) se recupera e fecha em leve alta

24 maio 2022, 17:03 - atualizado em 24 maio 2022, 19:07
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Dia de alta volatilidade: após abrir em forte queda, Ibovespa encerra com valorização, mesmo com recuo da Petrobras (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa (IBOV) conseguiu se recuperar da queda expressiva da abertura desta terça-feira (24) e encerrou o dia marcando sua quarta alta consecutiva.

O índice fechou em leve alta de 0,2%, a 110.580,79 pontos.

Porém, o desempenho das ações da Petrobras (PETR3;PETR4) pesou. Os papéis fecharam com perdas de 2,96% (ordinárias) e 3,06% (preferenciais) após o governo anunciar a terceira troca no comando da estatal.

Dados de maio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vieram acima do esperado e também ditaram o tom da Bolsa nesta terça.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Mudança no comando da Petrobras

Menos de dois meses desde a nomeação de José Mauro Coelho para a presidência da companhia, o Ministério de Minas Energia (MME) anunciou na noite desta segunda-feira (23) a terceira troca no comando durante o governo Bolsonaro.

Junto com o anúncio da saída de José Mauro Coelho, o MME indicou Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia.

O principal motivo da mudança envolve os preços dos combustíveis, informou a pasta, em nota.

Caio de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.

IPCA-15

O IPCA-15 desacelerou de 1,73% em abril para 0,59% em maio, de acordo com as informações divulgados pelo IBGE nesta manhã.

Apesar da desaceleração, a alta de 0,59% veio acima do esperado. De acordo com um levantamento da Reuters, a expectativa era de avanço de 0,45%.

O aumento de 0,59% na prévia da inflação brasileira representa a maior variação para um mês de maio desde 2016.

No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra alta de 12,2%, maior patamar desde novembro de 2003. O mercado esperava um avanço de 12,03%.

Neste mês, os itens que mais pesaram foram os produtos farmacêuticos, cujos preços avançaram 5,24% após reajuste liberado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Os combustíveis deram continuidade à trajetória de alta, tendo avançado 2,05% em maio. Em relação a abril, o patamar representa uma desaceleração.

O IPCA-15 só não subiu mais por conta da bandeira tarifária verde de energia, que entrou em vigor após seis meses de bandeira “Escassez Hídrica”. Com isso, a energia elétrica registrou queda de 14,09%.

Covid-19 na China

A disseminação do coronavírus na China voltou a preocupar os investidores.

Em Pequim, as quarentenas foram estendidas em uma tentativa de acabar com o surto da doença na região e estar em linha com a política “Covid zero” do país asiático.

Em Xangai, a maioria das restrições em vigor deve ser mantida neste mês até que haja uma suspensão mais ampla do período de lockdown, que já contabiliza quase dois meses.

Destaques do dia

PETROBRAS PN (PETR4) e ON (PETR3) cederam 2,9% cada, depois que o governo federal decidiu tirar José Mauro Ferreira Coelho do cargo de presidente da estatal, posição que ocupava há pouco mais de um mês, e indicou Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital no Ministério da Economia, para substituí-lo. Analistas mostraram maiores preocupações de interferência governamental na empresa, apesar de alguns ressaltarem uma blindagem legal para a política de preços. O petróleo fechou próximo da estabilidade.

VALE ON (VALE3) subiu 1,4%, após queda inicial que acompanhou recuo de 3,5% nos contratos futuros do minério de ferro em Dalian. Siderúrgicas fecharam em direções opostas.

PETRORIO ON (PRIO3) aumentou 3,9% e 3R PETROLEUM ON (RRRP3) cresceu 3,4%, com os papéis das duas petrolíferas fechando entre as principais altas da sessão, em meio à queda forte da Petrobras.

CVC BRASIL ON (CVCB3) apontou decréscimo de 6,3%, AZUL PN (AZUL4) exibiu baixa de 5,8%, GOL PN (GOLL4) recuou 4% e EMBRAER ON (EMBR3) cedeu 5,6%. A fabricante de aeronaves informou que não há previsão contratual para nova redução em encomenda de KC-390 pela Força Aérea Brasileira.

AMERICANAS ON (AMER3) retraiu 4,9%, depois de três sessões de ganhos, em meio ao avanço dos principais contratos de juros futuros, o que costuma pressionar varejistas, e após IPCA-15 acima do esperado. Ainda assim, MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) reverteu queda da manhã e avançou 0,3%. VIA ON (VIIA3) fechou 0,7% no positivo.

BRADESCO PN (BBDC4) valorizou-se 2,1% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) ganhou 1,5%.

EQUATORIAL ON (EQTL3) avançou 3,6%, ENERGISA UNIT (ENGI11) mostrou elevação de 2,9% e CPFL ENERGIA ON (CPFE3) teve alta de 2,5%, em sessão positiva para papéis de energia elétrica. A CPFL informou na véspera a entrada em operação de linhas de transmissão e de subestação em empreendimento no Ceará.

Com Reuters

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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