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Ibovespa (IBOV) fecha estável com alta em NY e peso de Petrobras (PETR4), mas engata 3ª semana de ganhos

27 maio 2022, 17:05 - atualizado em 27 maio 2022, 19:18
Painel com ações da Bolsa, na B3
Índice não seguiu rumo definido nesta sexta-feira (27) (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) encerrou esta sexta-feira (27) no zero a zero, após operar entre perdas e ganhos ao longo do dia.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,05%, a 111.941,68 pontos. Na semana, a alta foi de 3,18%, a maior desde o final de março e a terceira consecutiva no azul. O volume financeiro foi de R$ 23,8 bilhões.

O destaque de alta do dia foi a BRF (BRFS3), após a divulgação da notícia de corte dos cargos de diretoria da empresa frigorífica.

Em relação às ações de maior peso, a Petrobras (PETR3;PETR4) teve um dia ruim, com os papéis caindo mais de 4% diante da possibilidade de uma mudança mais drástica na estatal.

De acordo com analistas do mercado, a queda reflete falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira indicou que o governo federal pode, por meio de um projeto de lei enviado ao Congresso e em uma discussão rápida, vender ações que tem da estatal e deixar de ser o sócio majoritário da empresa.

A Vale (VALE3), por outro lado, subiu mais de 1% na sessão, minimizando os efeitos da queda dos papéis da petroleira.

Os principais índices em Wall Street deram tom positivo para as bolsas globais, após desaceleração em 12 meses do indicador de inflação de abril, sinalizando que o pico nos preços nos Estados Unidos pode ter chegado.

O Nasdaq saltou 3,3%, o S&P 500 avançou 2,5% e o Dow Jones teve alta de 1,8%.

Na segunda, os mercados norte-americanos não terão dia de negociação por conta do feriado “Memorial Day”.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Inflação nos EUA

O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou nesta sexta os dados de inflação medida pelo índice PCE, que avançou 0,2% em abril após uma disparada de 0,9% no mês anterior.

Nos 12 meses até abril, o índice avançou 6,3%, ante salto de 6,6% em março. Na avaliação do mercado, a inflação anual parece ter atingido um pico.

Os gastos dos consumidores locais subiram mais do que o esperado em abril, aumentaram 0,9% no mês passado.

Economistas ouvidos pela Reuters em levantamento projetavam ganho de 0,7%.

Os gastos apresentaram suporte de fortes ganhos salariais, de acordo com o Departamento do Comércio.

Corte na diretoria da BRF

A BRF decidiu cortar 25% dos cargos de diretoria como parte de um processo de restruturação, de acordo com informações de fonte familiarizada com o assunto à Reuters.

A decisão não significa que serão cortados 25% dos diretores.

Para a Genial Investimentos, o melhor a se fazer agora é manter os papéis da companhia na carteira, à espera de desdobramentos sobre a reestruturação.

O Itaú BBA reduziu o preço justo dos papéis da frigorífica par R$ 17 e manteve recomendação de market perform (desempenho esperado em linha com o mercado).

Oferta de ações da Eletrobras

Nesta sexta, a Eletrobras (ELET3;ELET6) submeteu um pedido de registro automático de uma oferta pública de ações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A oferta de distribuição primária de ações ordinárias da companhia será realizada simultaneamente no Brasil e no exterior, sob a forma de ADSs (American Depositary Shares), enquanto a secundária será realizada no Brasil.

Segundo o prospecto preliminar divulgado pela empresa, a oferta terá início somente após a concessão dos devidos registros pela CVM.

A operação envolverá a emissão de, inicialmente, 697,7 milhões de ações ordinárias no Brasil e nos Estados Unidos. A oferta primária consistirá de 627,7 milhões de papéis na forma de ações ou ADSs negociadas em Nova York.

O governo venderá 69,8 milhões de ações ordinárias na oferta secundária, diluindo seu controle e transferindo sua participação a investidores privados.

O valor dos papéis será definido por bookbuilding. O preço final das ações será definido em 9 de junho.

Ações que foram destaque hoje

PETROBRAS PN (PETR4) caiu 4,8% e ON (PETR3) cedeu 4,2%, ainda que o preço do petróleo Brent tenha subido 1,7%. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro disse que tem “o direito” de propor mudanças no conselho e na diretoria da Petrobras. A fala veio dias após ele indicar novo presidente para a companhia. Além disso, nesta manhã, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que a estatal não tem nenhum viés estruturante para o país a não ser o pagamento de dividendos. Lira também sugeriu a venda de ações para que a União deixasse de ser sócia majoritária da petrolífera.

PETRORIO ON (PRIO3) aumentou 2,6% e 3R PETROLEUM ON (RRRP3) ganhou 1,6%.

ELETROBRAS PNB (ELET6) subiu 0,6%, após a elétrica publicar o prospecto preliminar da oferta de ações que efetuará sua privatização. A Eletrobras indicou que a operação pode levantar até R$ 35 bilhões e a definição do preço por ação é esperada para 9 de junho.

VALE ON (VALE3) avançou 1,7% após os contratos futuros do minério de ferro em Dalian e em Cingapura subirem na sessão, com expectativas de potenciais medidas de estímulo adicionais na China. CSN ON teve valorização de 3,1%, em nova sessão sem direção comum para siderúrgicas.

VIA ON (VIIA3) cedeu 3%, após a varejista registrar seis altas seguidas.

BRF ON (BRFS3) cresceu 4,8%, a quinta sessão de ganhos nas últimas seis. A companhia de alimentos decidiu cortar 25% dos cargos de diretoria, como parte de uma reestruturação, disse uma fonte à Reuters na quinta-feira.

B3 ON (B3SA3) subiu 2,3%, estendendo alta da véspera. Entre os grandes bancos, BRADESCO PN (BBDC4) apontou acréscimo de 1,4%, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) diminuiu 1,1%.

SIMPAR ON (SIMH3), que não faz parte do Ibovespa, saltou 7,6%, após a empresa anunciar projeção de receita bruta consolidada de R$ 35 bilhões em 2024. VAMOS ON (VAMO3), controlada da Simpar que também não compõe o Ibovespa, valorizou-se 2,9%, depois de projetar frota de 100 mil ativos até 2025. A Simpar promoveu nesta sexta-feira encontro com investidores e analistas.

Com Reuters

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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