Mercados

Ibovespa (IBOV) crava 6º pregão de queda, seguindo baixa em Wall Street; Eletrobras (ELET6) cai 6,6%

10 jun 2022, 17:02 - atualizado em 10 jun 2022, 18:58
Ações, Ibovespa, Mercados
O principal índice da Bolsa brasileira marcou sua sexta sessão consecutiva no vermelho (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) teve mais um pregão de forte queda nesta sexta-feira (10), pressionado pelo movimento, também negativo, dos mercados globais.

O principal índice da Bolsa brasileira marcou sua sexta sessão consecutiva no vermelho, encerrando o dia com desvalorização de 1,51%, a 105.481,23 pontos.

Na semana, o Ibovespa contabilizou perda de 5,06%.

O volume financeiro nesta sexta somou cerca de R$ 30 bilhões.

A inflação dos Estados Unidos foi um dos fatores que levaram à queda dos mercados acionários hoje. Os dados vieram acima do esperado e indicam que o Federal Reserve (Fed), banco central do país, pode adotar uma postura ainda mais contracionista para conter a escalada dos preços.

As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) terminaram o pregão em queda expressiva após a precificação da oferta que tornou a companhia uma empresa privada. Os papéis ordinários e preferenciais B mostraram perdas de, respectivamente, 4,74% e 6,59%.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Inflação dos EUA

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% em maio, acima das projeções de +0,7% do mercado.

Com isso, a alta no acumulado em 12 meses é de 8,6%, maior nível registrado desde dezembro de 1981.

Sal Guatieri, economista sênior da BMO Capital Markets, afirma que os dados de maio sugerem que o pico da inflação no país pode estar longe.

O especialista destaca que uma elevação na ordem de 0,5% é “o mínimo que o Fed aumentará nas próximas reuniões” para tentar recuperar o atraso.

Autoridades monetárias dos EUA se reunirão na próxima semana para decidir o destino dos juros norte-americanos, atualmente em 0,75-1%. Gestoras adotaram uma perspectiva mais dura em relação ao ciclo de aperto no país, com o Fed podendo acelerar o ritmo atual de ajuste.

Oferta de R$ 29 bilhões da Eletrobras

A Eletrobras precificou a oferta para privatização a R$ 42 por ação, movimentando R$ 29,29 bilhões.

A operação envolveu a oferta primária de 627.675.340 de novas ações ordinárias emitidas pela empresa, através das quais o governo brasileiro diluiu sua participação, e uma oferta secundária de 69.801.516 ações já detidas pelo BNDES.

Considerando o lote suplementar de ações destinado para a estabilização de preços, que aumenta a oferta em 15%, o valor total sobe para R$ 33,68 bilhões.

A queda das ações da elétrica já era esperada pelos analistas, visto que a precificação veio mais barata que o preço com que as ações estavam sendo negociadas no mercado.

Destaques da Bolsa hoje

ELETROBRAS PNB (ELET6) caiu 6,59% e ELETROBRAS ON (ELET3) perdeu 4,74%, a R$ 41, após a companhia precificar sua oferta de ações ON para privatização, a R$ 42 cada, movimentando R$ 29,29 bilhões, na segunda maior operação do tipo do mundo este ano.

AMERICANAS ON (AMER3) caiu 10,63%, no menor fechamento desde agosto de 2017, a R$ 15,22, em outro dia de fortes perdas no setor, apesar de as vendas no varejo no Brasil crescerem acima do esperado em abril. MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) cedeu 3,65% e VIA ON (VIIA3) caiu 2,75%.

BANCO INTER UNIT (BIDI11) perdeu 6,87%, com o pior desempenho entre bancos no Ibovespa. BRADESCO PN (BBDC4) recuou 1,49% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 2,19%.

VALE ON (VALE3) terminou com variação positiva de 0,02%, afastando-se das mínimas da sessão, apesar de nova queda dos preços do minério de ferro na Ásia, em meio a preocupações com a demanda pelo produto na China, onde novos alertas de Covid-19 ameaçam atrapalhar a reabertura da economia.

PETROBRAS PN (PETR4) caiu 1,4%, em sessão de baixa do petróleo no exterior, tendo no radar indicações do governo para o comando da companhia.

Com Reuters

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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