Mercados

Ibovespa (IBOV): Primeiro pregão de 2024 decepciona; vem mais queda nos próximos dias?

02 jan 2024, 18:12 - atualizado em 02 jan 2024, 18:27
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Ibovespa não resiste à pressão do exterior e cai em primeira sessão do ano (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) teve pouco a comemorar na virada de ano. O índice engatou forte queda no primeiro pregão de 2024, afastando-se das máximas históricas em 2023.

Nesta terça-feira (2), o Ibovespa registrou desvalorização de 1,11%, fechando em 132.696,63 pontos.

A Vale (VALE3), que ajudou a amenizar a queda nas primeiras horas do dia, virou para o campo negativo e caiu 0,19%, mesmo com a forte valorização do minério de ferro na Ásia.

Já a Petrobras (PETR3;PETR4) conseguiu manter os ganhos, embora tenha desacelerado a altas de 0,97% (ordinária) e 1,45% (preferencial) até o fechamento. Isso porque os preços do petróleo viraram para queda em sessão marcada por tensões no Mar Vermelho.

Os bancos, que têm peso considerável no Ibovespa, caíram em bloco, amargando perdas do índice.

Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital, avalia que o movimento dos mercados é mais um ajuste, com investidores à espera dos próximos dados que vão sair na semana nos Estados Unidos.

“É normal também, depois de uma alta mais forte no final de ano, a gente ter algum ajuste agora, um movimento de aversão a risco”, acrescenta.

Análise gráfica do BB Investimentos sugere que, mesmo com presença de “sinais de exaustão”, o Ibovespa sinaliza mais que a tendência de alta continuará nesta semana.

O BB lembra que, sazonalmente, a liquidez do mercado tende a ficar limitada, pelo menos até o fim da primeira quinzena de janeiro, “período no qual podemos visualizar oscilações mais modestas, abrindo espaço para mais sinais de indefinição”.

No entanto, o conjunto de indicadores ainda mostra força compradora da bolsa, diz.

O BB aponta objetivo intermediário na faixa dos 135.000 pontos, sendo que as resistências estão em 134.900, 137.800 e 145.500 pontos.

Já o novo suporte fica aos 132.000 pontos. Abaixo disso, o Ibovespa abre caminho para correção até os próximos suportes, em 128.300 e 125.000 pontos.

Calibrando expectativas sobre os juros americanos

Hoje, o Ibovespa seguiu o mau humor dos mercados globais. Foi pressionado também pelo avanço das curvas de juros, com as taxas dos DIs encerrando em alta, em linha com o avanço dos Treasuries nos Estados Unidos, conforme agentes financeiros aguardam dados econômicos importantes para entender o caminho que o Federal Reserve (Fed) deve adotar em 2024.

As expectativas dos mercados quanto ao tamanho do corte de juros que o Fed deve entregar este ano estão mais cautelosas.

No Brasil, o mercado segue de olho no cenário fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou parcialmente o projeto de lei que regulamenta e taxa o setor de apostas esportivas, com veto ao trecho que previa isenção do Imposto de Renda (IR) para ganhos abaixo de R$ 2.112.

Hoje, Lula sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, mas vetou o cronograma previsto para pagamento de emendas parlamentares.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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