Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Mercados absorvem discurso do Fed e ampliam rali, à espera da inflação nos EUA

12 set 2022, 7:35 - atualizado em 12 set 2022, 14:24
Chair do Fed, Jerome Powell, durante coletiva de imprensa, em Washington, EUA
Ibovespa deve acompanhar rali dos mercados internacionais, que absorvem discurso agressivo do Federal Reserve no combate à inflação (Imagem: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O Ibovespa deve pegar carona no rali dos mercados internacionais nesta segunda-feira (12), ampliando os fortes ganhos registrados na última sexta-feira (9). De um modo geral, os ativos de risco iniciam a semana em um tom positivo, com alta das bolsas e commodities, enquanto o dólar se enfraquece.

Os investidores parecem ter absorvido o discurso agressivo (“hawkish”) dos bancos centrais para combater a inflação elevada e mostram maior apetite por risco, relegando as incertezas em relação à atividade na Europa e na China. Porém, a dinâmica recente mais se assemelha a uma acomodação técnica do que a uma mudança de tendência.

Ou seja, o movimento atual pode ser apenas uma recuperação dos mercados globais após a queda a partir da segunda quinzena de agosto. O fôlego de alta será testado nesta semana, ainda mais diante da expectativa pelos dados de inflação nos Estados Unidos.

O índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) será divulgado amanhã (13) e deve calibrar as apostas em relação à decisão do Federal Reserve na semana que vem. Por ora, a chance de um novo aumento de 0,75 ponto percentual (pp) neste mês está praticamente consolidada, com 90%.

Em contrapartida, a possibilidade de uma alta menor, de 0,50 pp, agora é de apenas 10%, segundo dados do CME Group. Assim, o foco se volta para a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, logo após o anúncio da decisão daqui a dez dias.

A expectativa é de que o chairman sinalize uma desaceleração no ritmo de aperto, em novembro. E é a esse cenário que os investidores estão se antecipando. Por isso, é importante estar atento aos sinais do mercado.

Eleições pode ter novo cenário?

Por aqui, os investidores começam a ver sinais de mudança na corrida presidencial. Divulgada ao final da semana passada, a pesquisa Datafolha mostrou o presidente Jair Bolsonaro subindo, reduzindo a distância em relação ao ainda líder na disputa. Lula permanece estagnado, na faixa dos 45% das intenções de voto.

E o mesmo cenário foi apontado pela pesquisa BTG/FSB anunciada nesta manhã, com o petista com 41%, apenas seis pontos à frente do candidato à reeleição. Já outros levantamentos, de institutos de menor porte e com metodologia diferente, já mostram empate técnico ou com Bolsonaro na liderança.

Diante da contagem regressiva para as eleições e com o presidente do BC local, Roberto Campos Neto, assertivo em relação a um último ajuste na Selic, ganha relevância os dados sobre a atividade doméstica que serão conhecidos ao longo desta semana. Afinal, é preciso saber qual será a situação da economia para quem sair vitorioso nas urnas em outubro.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h25:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,38%; o do S&P 500 subia 0,49%; e o do Nasdaq avançava 0,50%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 1,02%; a bolsa de Frankfurt subia 1,47%; a de Londres avançava 1,33% e a de Paris crescia 1,12%.

Câmbio: o DXY tinha queda de 0,69%, a 108.25 pontos; o euro subia 0,87%, a US$ 1,0134; a libra avançava 0,68%, a US$ 1,1667; o dólar subia 0,18% ante o iene, a 142,84 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,305%, de 3,315% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,544%, de 3,561% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro subia 0,39%, a US$ 1.735,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 1,08%, a US$ 87,72 o barril; o do petróleo Brent tinha alta de 1,17%, a US$ 93,90 o barril; o minério de ferro não foi negociado em Dalian (China), devido a um feriado na China.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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