Mercados

Ibovespa (IBOV): 4 pontos que explicam a derrocada do índice, após melhor semana em meses

24 out 2022, 12:39 - atualizado em 24 out 2022, 13:30
B3 futuros bitcoin
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa despencava 2,31%, a 117.161,72 pontos, na sessão desta segunda-feira após disparar 7% na semana passada, puxado pela Petrobras (PETR3;PETR4). Em Wall Street:

Segundo analistas, parte da queda se deve à realização de lucros, após o Ibovespa engatar cinco altas seguidas. Veja os principais pontos que influenciam o índice:

China sobe

Investidores repercutem uma bateria de dados da China, incluindo o crescimento do PIB no terceiro trimestre acima do esperado, enquanto, na Europa, números sobre a indústria e o setor de serviços reforçaram as apostas de recessão.

A economia do país se recuperou a um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, mas as rigorosas restrições contra a Covid-19, uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global estão desafiando os esforços de Pequim para promover um vigoroso renascimento ao longo do próximo ano.

Produto Interno bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 3,9% no trimestre de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, acima do ritmo de 3,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com analistas, e acelerando em relação ao ritmo de 0,4% no segundo trimestre.

Petrobras e Banco do Brasil e Ibovespa

Petrobras caía 5,43%, a 35,67 reais, após renovar máximas na semana passada, quando acumulou valorização de quase 13%.

Os papéis eram afetados nesta segunda-feira pela turbulência política, enquanto o preço do petróleo Brent tinha decréscimo de 0,3%.

Já o Banco do Brasil (BBAS3) recuava 5,17%, a 42,37 reais, também com o noticiário político também abrindo espaço para ajustes após o papel subir 14% na última semana.

Cenário eleitoral pega fogo

Na cena política, a última semana da campanha para o segundo turno da eleição presidencial começa sob a sombra do ataque com tiros de fuzil e granadas realizado no domingo pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra policiais federais.

Ainda assim, conforme observou a Levante Corp, o incidente repercutiu negativamente em todo o mundo político e caiu “como uma bomba” no colo da campanha do atual presidente, que teve de pausar outros esforços para contenção de danos.

A equipe da casa de análise ponderou, contudo, que ainda é incerto dizer se haverá, de fato, algum desdobramento nas urnas em função do episódio, mas espera que seja explorado pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pesquisas eleitorais mostrando um estreitamento na diferença entre Lula e Bolsonaro na disputa presidencial vinham adicionado um fôlego extra à bolsa brasileira nos últimos pregões, principalmente via estatais.

Não chega a ser um segredo a predileção no mercado financeiro pelo perfil econômico do governo Bolsonaro, com menor presença do Estado na economia e mais favorável a privatizações.

“As pesquisas estavam mostrando melhora de Bolsonaro e agora não sabemos ao certo qual o impacto”, afirmou o analista Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, destacando que as estatais estavam com queda expressiva por causa desse temor.

Mas ele ressaltou que tudo isso não muda a sua visão de que o segundo turno vai ser muito disputado.

Novas pesquisas

Novas pesquisas, nesse contexto, devem ocupar ainda mais as atenções. Ipec e AtlasIntel divulgarão os resultados de novas sondagens eleitorais sobre o segundo turno nesta segunda-feira.

O presidente do AtlasIntel, Andrei Roman, afirmou em sua conta no Twitter que a pesquisa do instituto incluirá perguntas envolvendo o episódio do ataque a tiros de Jefferson contra agentes da PF no domingo.

Para Komura, os eventos do fim de semana pesaram no mercado, mas uma parte do declínio nesta segunda-feira, mesmo que menor, também está atrelada a movimentos de correção após o vencimento das opções ajudar a impulsionar o mercado na sexta feira.

Com Reuters

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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