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Ibovespa (IBOV) abre em alta com avanço do petróleo; 5 coisas para saber ao investir hoje (2)

02 jun 2025, 10:13 - atualizado em 02 jun 2025, 10:36
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Ibovespa abre em alta nesta segunda-feira (2). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (2) em alta, de olho no avanço dos contratos futuros do petróleo e da alta nas tarifas sobre aço e alumínio.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,02%, beirando a estabilidade, aos 137.058,88 pontos.



O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações desta segunda, devolvendo ganhos recentes, com os investidores reagindo às novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto aguardam comentários do presidente do Federal Reserve e do presidente do Banco Central.

Às 9h05  (horário de Brasília), o dólar à vista caía 0,32%, a R$5,7021 na venda.

Day Trade

Radar do mercado

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta segunda-feira (2)

1 – Alta nas tarifas de aço e alumínio

O mercado começa a semana digerindo a alta nas tarifas de aço e alumínio. Na sexta-feira (30), após o fechamento do mercado, Donald Trump anunciou reajuste de 25% para 50% sobre as importações para os Estados Unidos.

“Vamos aumentar de 25% para 50% as tarifas sobre o aço nos Estados Unidos da América, o que protegerá ainda mais a indústria siderúrgica dos EUA”, disse ele em um comício na Pensilvânia.

Segundo o presidente norte-americano, as tarifas devem entrar em vigor já nesta próxima quarta-feira, dia 4 de junho.

A notícia desagradou o mercado, que já não estava feliz com a escalada da tensão comercial entre EUA e China. Trump disse que a China violou um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais e emitiu uma nova ameaça velada de que pode ser mais agressivo com Pequim.

2- Economistas voltam a cortar projeção para a inflação de 2025

Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a cortar a projeção para a inflação de 2025 no Boletim Focus. A estimativa saiu do patamar de 5,50% para 5,46% ao final do ano.

Para 2026 e 2027, as expectativas foram mantidas em 4,50% e 4,00%, respectivamente. Para 2028, por sua vez, eles elevaram de 3,81% para 3,85%.

Já as apostas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foram ajustadas de 2,14% para 2,13%, após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a atividade cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 (1T25).

Para 2026, 2027 e 2028, os crescimentos esperados para a economia do país são de respectivos 1,80%, 2,00% e 2,00%.

Em relação à Selic, os economistas não veem novas altas nem cortes este ano e mantiveram a projeção de 14,75%. Para 2026 e aos dois anos seguintes, as perspectivas para a taxa básica de juros são 12,50%, 10,50% e 10%, respectivamente.

As expectativas para o dólar apontam para câmbio na casa dos R$ 5,80 em 2025, 2027 e 2028. Para 2026, a aposta é de R$ 5,90.

Veja o Focus desta segunda-feira (2).

3- Petróleo avança mais de 4%

Os contratos futuros do petróleo avançam mais de 4%, após a OPEP+ aumentar a sua oferta mais uma vez. A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia também alimentam a alta da commodity.

Os contratos mais líquidos do Brent para agosto avançam 4,24%, a US$ 65,42 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já o contrato do WTI para julho sobe 4,64%, a US$ 63,61 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex), nos EUA.

Na última sexta-feira (31), a OPEP+ anunciou outro grande aumento de 411 mil barris por dia para julho, na tentativa de recuperar sua participação no mercado e punir os super produtores.

Depois de passar anos reduzindo a produção – mais de 5 milhões de barris por dia (bpd) ou 5% da demanda mundial – oito países da OPEP+ fizeram um modesto aumento de produção em abril, antes de triplicá-lo em maio, junho e agora em julho.

4- JBS (JBSS3) obtém registro de emissor estrangeiro e conclui etapa decisiva para dupla listagem

JBS (JBSS3) obteve da CVM o registro de emissor estrangeiro para a JBS N.V., nova holding do grupo, e a aprovação do programa de BDRs Nível II, que serão listados na B3. A medida faz parte do processo de dupla listagem da companhia, aprovado na semana passada.

Com isso, as ações ordinárias da JBS deixarão de ser negociadas na B3 a partir do dia 6 de junho de 2025, data em que será concluída a incorporação das ações pela JBS Participações. Em contrapartida, os acionistas receberão os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da nova empresa listada no exterior, com negociação iniciada em 9 de junho.

Cada acionista da JBS receberá 1 BDR para cada 2 ações ordinárias detidas, conforme o modelo aprovado em assembleia no último dia 23.

5- Vale (VALE3) antecipa publicação de relatório financeiro com estratégias de descarbonização

Vale (VALE3) publicará nesta segunda-feira (2) seu primeiro relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, antecipando-se a regras que tornarão a divulgação anual do documento obrigatória a partir de 2027, disse o vice-presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores, Marcelo Bacci, à Reuters.

Com o movimento, a Vale afirma que será a primeira mineradora global e a primeira empresa brasileira a elaborar tal documento conforme as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB).

O relatório apresenta a estratégia da companhia para o enfrentamento das mudanças climáticas e detalha riscos e oportunidades relacionados ao tema.

O executivo adiantou que o documento reportará investimentos de R$ 7,4 bilhões em iniciativas de descarbonização desde 2020 até o ano passado, sendo R$ 1,38 bilhão em 2024. Além disso, trará previsões para os próximos anos, segundo Bacci, que evitou entrar em detalhes.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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