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Ibovespa (IBOV) abre em queda com tensão comercial ainda no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (8)

08 jul 2025, 10:15 - atualizado em 08 jul 2025, 10:15
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Ibovespa abre em queda nesta terça-feira (8). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (8) com leve alta, mas logo virou com as tensões comerciais ainda no radar.

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Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recua 0,25%, aos 139.134,91 pontos.



O dólar à vista recuava ante o real nesta terça-feira, devolvendo parte dos fortes ganhos da véspera, conforme os investidores avaliavam as mudanças anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na política comercial do país, o que incluía um novo prazo para negociações tarifárias.

No mesmo horário, a moeda norte-americana caía 0,45%, a R$5,4562 na venda.

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (8): 

1 – Tarifas voltam ao radar dos investidores

Oficialmente, a trégua de 90 dias nas alíquotas mais altas termina nesta quarta-feira (9). No entanto, o presidente dos Estados Unidos pode estender esse prazo. Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump deve assinar um decreto adiando o início das tarifas de 9 de julho para 1º de agosto, para os países que ainda não fecharam acordos comerciais com os EUA.

Até o momento, apenas o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos abrangentes. Um compromisso com a China sobre terras raras também foi anunciado, mas ainda sem consenso em relação às tarifas.

Ontem, Trump conseguiu deixar os investidores em alerta após ameaçar os países que se alinharem ao Brics com tarifa adicional de 10%, após os líderes do bloco reprovarem o aumento unilateral de tarifas que “distorcem o comércio”.

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Além disso, em cartas enviadas a 14 países — incluindo Japão, Coreia do Sul e Sérvia — Trump afirmou que pretende impor tarifas entre 25% e 40% a partir de 1º de agosto.

2- Varejo recua em maio pelo segundo mês seguido

As vendas no varejo brasileiro recuaram 0,2% em maio na comparação com abril. Apesar da queda no indicador cheio, analistas apontam que o resultado não é tão negativo quanto o headline sugere — e indicam que parte do desempenho reflete movimentos pontuais, sem sinal claro de mudança de tendência.

Na comparação anual, o volume de vendas do chamado varejo restrito avançou 2,1%, acumulando alta de 2,2% no ano e de 3,0% em 12 meses — embora este último tenha desacelerado em relação aos 3,4% registrados até abril.

Já o varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado alimentar, subiu 0,3% em maio sobre abril. Na base anual, o crescimento foi de 1,1%, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Em 12 meses, o avanço ficou em 2,4%, abaixo dos 2,7% do período encerrado em abril.

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3 – Oi (OIBR3) pede fim do Chapter 15 nos EUA e coloca Chapter 11 no radar

Grupo Oi (OIBR3)  pediu o encerramento do Chapter 15 que corre em Nova York e o fim do reconhecimento, na jurisdição estadunidense, desse processo de recuperação judicial como procedimento estrangeiro principal de cada uma das empresas do grupo.

Chapter 15 é uma medida que permite às empresas de outros países solicitar proteção judicial nos tribunais norte-americanos. O mecanismo englobava a Oi e suas subsidiárias, a Portugal Telecom Finance BV e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A.

Com isso, a companhia tinha um reconhecimento do processo de recuperação que enfrenta no Brasil, o que servia como proteção para os ativos lá fora.

No entanto, o movimento não significa um alívio da atual situação financeira enfrentada pela empresa de telecomunicações. No fato relevante, a Oi aformou que segue avaliando as alternativas existentes para lidar com o cenário, colocando no radar entrar com um Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA).

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4- Cury (CURY3) mantém ritmo de lançamentos no 2T25 em relação ao 2T24

A construtora Cury (CURY3) divulgou as suas prévias operacionais do segundo trimestre de 2025 (2T25). O período foi marcado por registrar somente um lançamento a mais que o número feito um ano antes, mas o valor potencial de vendas cresceu mais de 28%.

Segundo a companhia, foram nove lançamentos feitos entre abril e junho deste ano, ante oito no segundo trimestre de 2024 (2T24). No entanto, o Valor Geral de Vendas (VGV) aumentou em 28,3% na mesma comparação, para R$ 2,2 bilhões.

Na comparação com o primeiro trimestre deste ano (1T25), houve queda tanto em número de lançamentos quanto em VGV. Nos três primeiros meses do ano, foram 14 empreendimentos, com valor total de R$ 2,7 bilhões, o que representa queda de 20% no segundo trimestre.

5 – BTG Pactual (BPAC11) conclui compra da área de wealth management da JGP

BTG Pactual (BPAC11) informou que, após o cumprimento das condições precedentes aplicáveis, o banco formalizou o fechamento da operação relacionada à aquisição de 100% do capital social da JGP.

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O anúncio da compra de 100% da gestão de riquezas (assets under management) da JGP, uma das mais tradicionais gestoras do mercado, ocorreu em abril deste ano.

Ao final do primeiro trimestre de 2025, a área de Weatlh Management do BTG, que consolida a estratégia de Family Office, atingiu a marca de R$ 1 trilhão de ativos sob gestão.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.