Ibovespa (IBOV) abre sem direção definida com balanço da Petrobras e exterior no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (8)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (8) sem direção definida com mercado repercutindo os resultados de Petrobras e tensão no exterior.
Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,10%, aos 136.387,62 pontos.
O dólar à vista oscilava pouco ante o real, a caminho de fechar a semana em baixa, conforme os investidores continuam monitorando o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos e com a perspectiva para a política monetária do Federal Reserve também no radar.
No mesmo horário de abertura do índice, porém, a moeda norte-americana avança 0,26%, a R$ 5,4360 na venda.
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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta quinta-feira (8):
1- Ultimato na Rússia
O prazo estabelecido por Donald Trump para que Vladimir Putin encerrasse a guerra na Ucrânia chegou ao fim nesta sexta-feira (8), sem avanços diplomáticos. O presidente dos Estados Unidos ameaçou impor sanções mais severas e tarifas de até 100% sobre produtos russos caso não houvesse acordo de paz até o fim do prazo.
O Kremlin ignorou o ultimato. Fontes próximas ao governo russo afirmam que Putin não pretende ceder à pressão norte-americana, pois acredita que a Rússia está em vantagem militar. Moscou também demonstrou ceticismo quanto ao impacto de novas sanções e tarifas dos EUA.
Apesar disso, Putin declarou estar aberto a negociações por uma paz duradoura, desde que incluam garantias de segurança para ambas as partes — mas sem reconhecer ou atender diretamente às exigências de Trump.
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2- EUA voltam a criticar ministro do STF
A Embaixada dos EUA no Brasil voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após a sanção imposta ao magistrado na semana passada pela Lei Magnitsky.
Em publicação nas redes sociais, a representação americana alertou aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas: “Estão avisados para não apoiar nem facilitar sua conduta. Estamos monitorando a situação de perto.”
A mensagem endossa uma declaração recente do subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, que chamou Moraes de “principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”, e citou “flagrantes violações de direitos humanos”.
3- Mudanças no Fed
Trump começou a fazer mudanças no Federal Reserve. Na quinta-feira (7), ele anunciou a indicação de Stephen Miran, atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos, para a diretoria do Fed.
Miran substituirá Adriana Kugler, que renunciou ao cargo na semana passada e retornará à sua posição de professora na Universidade de Georgetown. O mandato vai até 31 de janeiro de 2026 e ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
Crítico da atual estrutura da autoridade monetária, Miran defende uma revisão da governança do Fed, incluindo a redução dos mandatos dos diretores, maior controle do presidente sobre o órgão e o fim da chamada “porta giratória” entre o Executivo e o banco central.
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4- Petrobras (PETR4) tem lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no 2T25
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no segundo trimestre, em um período marcado por um aumento da produção de petróleo, mas também por um recuo do preço do petróleo Brent no mercado global.
O resultado reverteu um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no mesmo período do ano anterior, que havia sido impactado por fortes efeitos tributários e cambiais. Na comparação com o primeiro trimestre de 2025 (1T25), o lucro líquido recuou 24,3%.
Em contrapartida, desconsiderando os eventos exclusivos do período, o lucro líquido alcançou R$ 23,19 bilhões, cerca de 2% inferior ao primeiro trimestre, quando o Brent médio estava 11,56% mais alto. O item extraordinário com maior impacto foi o gasto com um Acordo de Individualização da Produção (AIP), que somou R$ 3,8 bilhões.
5- Petrobras (PETR4) pagará R$ 8,66 bilhões em dividendos e JCP
A Petrobras (PETR4) informou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 8,66 bilhões, equivalente a R$ 0,6719 por ação ordinária e preferencial em circulação.
O montante será pago como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 30 de junho. O montante não agradou o mercado por ter ficado abaixo do previsto.
*Com informações de Reuters