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Ibovespa (IBOV) abre sem direção à espera do mercado internacional e feriado no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (17)

17 abr 2025, 10:18 - atualizado em 17 abr 2025, 10:18
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Ibovespa abre sem direção definida nesta quinta-feira (17). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (17) sem direção definida e no aguardo de novos desdobramentos no mercado internacional.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caía 0,09%, aos 128.199,64 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade nas primeiras negociações de hoje, à medida que os investidores observavam as negociações entre Estados Unidos e seus parceiros sobre as tarifas do presidente Donald Trump, com a escalada das tensões entre as duas maiores economias do mundo também no radar.

Por volta das 10h (horário de Brasília), o dólar à vista sobe 0,27%, a R$ 5,8825.

Day Trade

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quinta-feira (17)

1 – China coloca as cartas na mesa

No começo da semana, Donald Trump falou que “a bola está com a China” sobre a questão das negociações comerciais com os Estados Unidos. Pois bem, o governo chinês colocou as cartas na mesa e apresentou as suas condições para abrir diálogo.

Pequim quer que os EUA mostrem “respeito” e “parem de ameaçar e chantagear” — indo contra a postura de briguento do presidente Trump.

“Se os EUA realmente querem resolver o assunto por meio do diálogo e da negociação, devem parar de exercer pressão extrema, parar de ameaçar e chantagear, e conversar com a China com base na igualdade, respeito e benefício mútuo”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Esta já é a segunda vez que o governo chinês demonstra que não quer entrar, de fato, em uma guerra comercial. Após a Casa Branca elevar as tarifas contra produtos chineses em 145%, a China elevou suas tarifas retaliatórias para 125% e deixou claro que esta seria a última vez.

“A imposição sucessiva de tarifas excessivamente altas à China pelos EUA tornou-se nada mais do que um jogo de números, sem real significado econômico. Isso apenas expõe ainda mais a prática americana de usar tarifas como arma para intimidação e coerção, transformando-se em uma piada”, disse o governo na época.

2 – Powell afirma que tarifaço de Trump afasta Fed das metas de inflação

As “mudanças políticas significativas” do governo Trump devem afastar o Federal Reserve de suas metas, disse o chair Jerome Powell na quarta-feira (16). O banco central norte-americano busca levar a inflação para 2% e atingir o emprego máximo.

“Sempre buscaremos o máximo de emprego e a estabilidade de preços. Acredito que nos distanciaremos dessas metas, provavelmente pelo resto deste ano ou pelo menos não faremos nenhum progresso”, afirmou em evento no Clube Econômico de Chicago.

O presidente do Fed disse que as tarifas de importação anunciadas por Trump devem impactar a economia do país, apesar de os efeitos seguirem incertos. Para ele, há uma “forte probabilidade” de que a inflação suba à medida que as tarifas se impõem e de que o desemprego aumente conforme a economia desacelera.

Powell disse também que a economia dos EUA já parece estar desacelerando, em meio a um crescimento moderado dos gastos do consumidor, uma onda de importações para evitar tarifas que devem pesar nas próximas estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) e piora da confiança.

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3- Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem; mercado de trabalho permanece estável

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, sugerindo que as condições do mercado de trabalho permaneceram estáveis em abril, embora a incerteza em relação às tarifas esteja fazendo com que as empresas hesitem em aumentar as contratações.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 9.000, para 215.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 12 de abril, informou o Departamento do Trabalho; a projeção dos economistas era de 225.000 pedidos para a última semana.

Ainda não havia sinais de que as demissões de funcionários do governo federal estejam afetando o mercado de trabalho.

4- BCE reduz juros para enfrentar política comercial dos EUA

Banco Central Europeu cortou as taxas de juros pela sétima vez em um ano, buscando sustentar uma economia da zona do euro já em dificuldades que sofrerá um grande impacto das tarifas dos Estados Unidos.

O BCE vem reduzindo os custos dos empréstimos à medida que as pressões de preços pós-pandemia recuam, e a recente turbulência relacionada ao comércio nos mercados globais está aumentando os argumentos a favor de um maior afrouxamento monetário.

5 – Feriadão no Ibovespa

Durante os feriados de sexta-feira Santa (18) e Dia de Tiradentes (21), o horário de funcionamento de estabelecimentos, bancos e serviços sofrem mudanças.

O funcionamento da bolsa brasileira será interrompido durante a sexta-feira Santa, bem como durante a ponte no dia 21 de abril. Assim, as negociações retornam apenas na terça-feira, 22 de abril.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.

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