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Ibovespa (IBOV) abre em queda com decisões de juros no holofote; 5 coisas para saber ao investir hoje (18)

18 jun 2025, 10:10 - atualizado em 18 jun 2025, 10:10
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Ibovespa abre em quedanesta quarta-feira (18). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (18) em queda com decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil no holofote.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,05%, aos 138.770,80 pontos.



O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta manhã, conforme os investidores se posicionavam para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil mais tarde, com a escalada do conflito entre Israel e Irã também no radar.

No mesmo horário, a divisa norte-americana subia 0,04% ante o real, a R$ 5,4972.

Radar do mercado

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta quarta-feira (18): 

1 – Decisões de juros movimentam os mercados

Hoje é dia de Super Quarta, quando as agendas das reuniões de política monetária dos bancos centrais do Brasil Estados Unidos se alinham para deixar o mercado com os nervos à flor da pele.

A decisão de juros mais emocionante deve ser do Comitê de Política Monetária (Copom), já que as apostas se dividem entre o fim do ciclo de aperto com a Selic em 14,75% e um ajuste residual de 0,25 ponto percentual. Embora a inflação esteja mostrando sinais de desaceleração, o risco fiscal e cenário internacional ainda pressionam o Banco Central.

Caso a alta se confirme, a taxa básica de juros atingirá o seu maior patamar em quase 20 anos — em junho de 2006, a Selic estava em 15,25% ao ano.

Lá nos Estados Unidos, a manutenção dos juros já está precificada para essa e a próxima reunião. A avaliação é de que o Federal Reserve deve dar início ao seu afrouxamento monetário só em setembro.

No entanto, além da coletiva de Jerome Powell, o mercado também tem o “dot plot” para analisar. O gráfico de pontos é uma ferramenta utilizada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) apresentar as projeções dos membros do comitê sobre a trajetória futura dos juros.

2 – Tensões no Oriente Médio seguem em foco

Os mercados seguem tensos com a escala das tensões no Oriente Médio. Além de um dos maiores produtores de petróleo, o Irã também controla o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 25% de toda produção global do produto.

Ou seja, um conflito na região atrapalha na oferta para os demais países.

Ontem à noite, o presidente dos Estados Unidos escreveu que o Irã deveria ter assinado o “acordo” que lhes foi dito para assinar e que o país não pode ter armas nucleares. No final da mensagem, Trump diz que todos devem evacuar Teerã, a capital iraniana, imediatamente.

Durante esta terça, Trump fez mais algumas postagens em sua rede social alegando saber onde o “líder supremo do Irã está escondido” e que ele era um alvo fácil, mas que não seria morto, pelo menos por enquanto.

Segundo informações da Reuters, os EUA teriam enviado aviões de combate para o Oriente Médio e ampliando o envio de outros aviões de guerra, reforçando as forças militares dos EUA na região, conforme a guerra entre Israel e Irã se acirra.

Israel lançou sua guerra aérea, a maior já realizada contra o Irã, na sexta-feira (13), depois de dizer que concluiu que o Irã estava prestes a desenvolver uma arma nuclear.

O Irã nega a busca por armas nucleares e apontou seu direito à tecnologia nuclear para fins pacíficos, incluindo o enriquecimento, como parte do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

3 – Congresso derruba vetos do governo em projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar

O Governo levou mais um golpe do Congresso. Ontem à noite, os parlamentares derrubaram parcialmente vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma série de itens incluídos durante a tramitação do projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar.

Ao todo, deputados e senadores concordaram em derrubar os vetos a oito “jabutis”, como são chamadas alterações feitas pelo Poder Legislativo para adicionar temas alheios ao eixo principal de um projeto de lei.

Entre as mudanças apoiadas pelo Congresso, estão uma que obriga a contratação das pequenas centrais hidrelétricas, as PCHs, nos próximos anos para as cinco regiões brasileiras, mesmo que não haja demanda; e outra que prorroga por 20 anos a partir do vencimento do contrato atual contratos de compra de energia do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), desde que haja aval das PCHs e de centrais a biomassa e eólicas.

Na época, o governo justificou que essas iniciativas poderiam ter um impacto para o consumidor. Entidades do setor, como a Abrace Energia, chegaram a estimar que o impacto se todos os vetos fossem derrubados seria de cerca de 10% de aumento na conta de energia.

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4 – Jalles Machado (JALL3) tem prejuízo de R$ 8,5 milhões no quarto trimestre da safra 2024/2025

Jalles Machado (JALL3) anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 8,5 milhões no quarto trimestre da safra 2024/2025, revertendo resultado positivo de R$ 7,4 milhões obtido um ano antes.

O desempenho operacional medido pelo Ebitda contábil foi de R$ 463,7 milhões, queda de 22,6% na mesma comparação. O Ebitda ajustado somou R$ 530,3 milhões, alta de 78,3%

Jalles Machado, que atua no setor sucroenergético, apurou receita líquida de R$ 653,6 milhões, crescimento anual de 30%.

A dívida líquida da companhia na safra 2024/2025 atingiu R$ 1.734,9 milhões, alta de 10,7% que a safra anterior, o que foi justificado pelo “investimento significativo em ativos biológicos para renovação do canavial”.

5 – Aneel aprova reajuste médio de 2% para Copel Distribuição

Copel (CPLE6) anunciou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste médio de 2,02% para a distribuidora do grupo, segundo comunicado ao mercado.

A empresa afirmou que a chamada “Parcela A”, que compreende custos com encargos, transporte e energia, representou um aumento de 4,30% na composição do reajuste tarifário, “devido, sobretudo, ao aumento dos custos dos encargos setoriais de 5,79%, em especial da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, parcialmente compensada pela redução dos custos de transporte em 2,46%”.

“Ainda no processo tarifário, foram considerados no Componente Financeiro a devolução de, aproximadamente, R$ 864,5 milhões” referente a crédito de PIS/Cofins.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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