Ibovespa (IBOV) abre em queda e repercute Selic em 15%; 5 coisas para saber ao investir hoje (20)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (20) em queda com a repercussão da decisão do Copom em subir a Selic para 15%. Os investidores também estão de olho no cenário internacional com reação ao Fomc e conflito no Oriente Médio.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,18%, aos 138.127,00 pontos.
O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações de hoje, com os investidores retornando de um feriado e reagindo pela primeira vez à decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, enquanto as tensões no Oriente Médio continuam no radar
No mesmo horário, a moeda norte-americana recuava 0,02% ante o real, a R$ 5,4900.
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Radar do mercado
Day Trade
Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta sexta-feira (20):
1 – Repercussão das decisões de juros
O mercado repercute a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, antes de entrar no ciclo de manutenção. O Banco Central veio com um comunicado hawkish, alertando que as expectativas de inflação ainda estão elevadas e que não hesitaria em decidir novos aumentos, caso seja necessário.
Nos Estados Unidos, a decisão do Federal Reserve de manter os juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano aconteceu com o mercado aberto, então já foi analisado pelos economistas e investidores. A taxa está no atual patamar desde dezembro de 2024.
Em publicação em sua rede social, o presidente Donald Trump voltou a chamar Jerome Powell de atrasado, cobrou cortes nos juros e afirmou que a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de manter a taxa está custando milhões de dólares ao país.
Além disso, o Banco Popular da China (BPC) manteve a taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano, uma referência determinada pelos bancos, em 3%. A LPR de cinco anos também segue em 3,5%.
- Selic a 15%: Como os investidores estão reagindo à decisão do Copom de aumentar os juros no Brasil? Confira análise completa no Giro do Mercado desta sexta-feira (20):
2 – Conflito no Oriente Médio como plano de fundo
O mercado segue de olho no Oriente Médio. A expectativa é de que os EUA possam se envolver militarmente no conflito entre Israel e Irã à qualquer momento.
As informações dos jornais internacionais é de que Trump já aprovou um plano de ataque para a região. No entanto, ainda não tomou uma decisão final sobre se de fato vai atacar o país.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o presidente norte-americano tomará uma decisão sobre o envolvimento direto do país na guerra nas próximas duas semanas.
“Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas”, diz a comunidade divulgado por Washington.
As tensões também aumentaram com alertas vindos da Rússia para que os EUA não se envolvam no conflito; vale lembrar que a Rússia é um aliado do Irã.
3 – JBS SA: Wesley Batista é eleito presidente do conselho de administração; Joesley Batista é vice
O conselho de administração da JBS S.A. elegeu, por unanimidade, Wesley Batista como presidente do colegiado e Joesley Batista, como vice-presidente. Na mesma reunião, foi reeleito Gilberto Tomazoni como diretor presidente da companhia e Guilherme Perboyre Cavalcanti como diretor de Finanças e de Relações com Investidores.
Além disso, foi aprovada a reforma integral do estatuto social da companhia, considerando que as ações de sua emissão negociadas em mercado organizado passaram a ser detidas, integralmente, por uma única acionista.
A JBS S.A. é a empresa que consolida os ativos e se reporta à JBS NV, empresa listada na NYSE e emissora dos BDRs. Aholding mantém o conselho com nove membros, sendo cinco deles independentes.
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4 – Randon (RAPT4) eleva receita em quase 20% em maio sobre um ano antes
A fabricante de implementos rodoviários Randon (RAPT4) reportou receita líquida consolidada de R$ 1,15 bilhão em maio, registrando um crescimento de 18,8% sobre o desempenho apurado no mesmo período de 2024.
A receita mensal registrada em maio foi a mais alta de 2025 até o momento, e reverteu a desaceleração registrada no mês de abril, quando alcançou R$ 1,09 bilhão.
O faturamento acumulado até o mês de maio foi de quase R$ 5,44 bilhões, uma expansão de 20% sobre o mesmo período do ano passado.
5 – Petrobras (PETR4) paga parcela dos R$ 9,1 bilhões em dividendos adicionais hoje
A Petrobras paga nesta sexta-feira (20) a segunda — e última — parcela referente aos R$ 9,1 bilhões em dividendos adicionais anunciados em abril. O valor por ação, corrigido pela taxa básica de juros (Selic), é de R$ 0,3762.
O pagamento da primeira parcela ocorreu no dia 20 de maio. Vale lembrar que o dividendo é respectivo ao balanço de 31 de dezembro de 2024.
Os investidores que detinham ações da Petrobras até o dia 16 de abril de 2025 tem direito aos dividendos.
O pagamento será efetuado pelo Bradesco. Conforme a companhia, todos os acionistas com cadastro devidamente atualizado terão seus direitos creditados automaticamente em suas contas bancárias na data do pagamento.
*Com informações de Reuters