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Ibovespa (IBOV) opera em queda, com petróleo subindo 1% e incertezas fiscais; 5 coisas para saber ao investir hoje (21)

21 maio 2025, 10:12 - atualizado em 21 maio 2025, 10:12
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Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira, 21 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (21) em queda, com tensões no Oriente Médio impulsionando o petróleo e incertezas fiscais rondando o ambiente doméstico.

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira desacelerava 0,27%, aos 139.734,80 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta manhã, à medida que os investidores continuam de olho nas negociações comerciais dos Estados Unidos (EUA) com parceiros.

Às 10h (horário de Brasília), o dólar à vista desacelerava 0,26%, a R$ 5,6550 na venda.

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta-feira (21)

1 – Rali com ressalvas

As incertezas fiscais seguem rondando o ambiente doméstico. O ministro da fazenda, Fernando Haddad, entregou ao presidente Lula um novo pacote de medidas fiscais — mas o conteúdo ainda não foi detalhado. Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, uma das ideias em discussão é antecipar o reembolso aos aposentados lesados pelo escândalo do INSS, numa tentativa de conter o desgaste político.

Mas com que recursos? A essa altura, os sinais de deterioração na popularidade presidencial já são visíveis. E assim, do ponto de vista político, o tabuleiro também começa a se mexer. “O Planalto lida com novos atritos internos — a mais recente envolvendo a primeira-dama Janja e o ministro Rui Costa, após uma fala vazada em jantar com as autoridades chinesas”, pontua.

Contudo, a “bomba fiscal de 2027 continua armada”. Spiess destaca que o arcabouço fiscal impõe um limite duro: com despesas obrigatórias crescendo acima da inflação, as discricionárias serão comprimidas até se tornarem negativas — uma impossibilidade lógica.

“Ou o país ajusta bem as suas contas, ou terá de conviver com cortes drásticos em serviços essenciais e investimentos públicos abaixo do piso constitucional”, afirma. “A conta chega, e no fim, o mercado continua apostando na virada do pêndulo político em 2026. Se isso se confirmar e vier acompanhado de um ajuste fiscal sério, o cenário será construtivo e favorável aos ativos de risco”, completa.

2 – Quando o Federal Reserve cortará os juros?

Nos EUA, o mercado de trabalho ainda mostra resiliência em 2025, mas a inflação — ao menos nas métricas gerais — vem cedendo. Spiess destaca que mesmo nesse cenário, o Federal Reserve segue irredutível, sem abrir espaço para cortes nos juros.

Dessa forma, a preocupação migra de volta para as tarifas do presidente Donald Trump, que começam a contaminar os preços e devem pesar mais claramente nos próximos meses.

Spiess aponta que o relatório mais recente do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) já traz sinais de que o impacto tarifário está passando pelas engrenagens da economia, ainda que de forma sutil por ora. Contudo, os consumidores já começam a sentir, conforme mostrou a última pesquisa de sentimento da Universidade de Michigan, onde as expectativas de inflação para um e cinco anos voltaram a subir.

“A política tarifária, somada à desconfiança inflacionária, limita qualquer margem de manobra do Fed no curto prazo”, diz. “Cortar juros agora, diante disso tudo, seria um risco que o comitê não parece disposto a correr”, completa.

3 – Tensão no Oriente Médio pressiona petróleo; alta de 1%

Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta quarta, após relatos de que Israel estaria se preparando para atacar instalações nucleares iranianas. O Irã é o terceiro maior produtor entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e um ataque israelense poderia afetar os fluxos de petróleo do país.

Também há preocupações de que o Irã possa retaliar o ataque bloqueando o fluxo de petroleiros através do Estreito de Hormuz — ponto estratégico no Golfo por onde Arábia Saudita, Kuwait, Iraque e Emirados Árabes Unidos exportam petróleo bruto e combustíveis.

Por volta das 7h (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent, referência internacional, para julho subiam 1,12%, para US$ 66,10 por barril. Já os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para julho avançavam 1,24%, para US$ 62,80.

Perto da abertura do pregão, por voltar das 9h, os futuros permaneceram subindo 1%, com Brent avançando 1,33%, a US$ 66,25, e WTI 1,56%, a US$ 63,00.

4 – Equatorial (EQTL3) pagará R$ 876,3 milhões em dividendos e JCP na próxima semana

Equatorial (EQTL3) informou ao mercado a data de pagamento dos R$ 876,3 milhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) que distribuirá aos acionistas.

No dia 28 de maio, aqueles que tinham posição acionária na companhia em 30 de abril receberão parcela dos proventos.

O montante bruto a ser distribuído corresponde a R$ 0,70016901562 por ação ordinária da companhia, sendo:

  • R$ 0,53158285636 por ação ordinária, a título de dividendos;
  • R$ 0,16858615926 por ação ordinária, a título de juros sobre capital próprio.

5 – Moura Dubeux (MDNE3) atualiza valor por ação dos dividendos que pagará aos acionistas

Moura Dubeux (MDNE3) atualizou o valor por ação dos R$ 50 milhões em dividendos adicionais que pagará aos acionistas, mostra comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (21).

Segundo a companhia, o valor final a ser distribuído será de R$ 0,59089087589 por ação. O ajuste se deve a entrega de 453.748 ações mantidas em tesouraria aos beneficiários do plano de remuneração.

Dessa forma, a quantidade final de ações em circulação da companhia, nesta data, é de 84.617.993, de um total de 84.909.375 ações de emissão.

*Com informações de Reuters 

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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