Ibovespa (IBOV) abre de lado, com expectativa pelos dividendos da Petrobras: 5 coisas para saber antes de investir hoje (22)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (22) sem direção definida, com leve alta de 0,05%, a 125.185 pontos, por volta das 10h11. No entanto, por volta das 10h27, recuava 0,13%, a 124.962 pontos.

No último pregão, na sexta-feira (19), o índice fechou em alta, recuperando os 125 mil pontos. O principal destaque da sessão foi a Petz (PETZ3) após divulgar fusão com a Cobasi.

Os mercados estão atentos para uma semana cheia tanto na agenda econômica quanto corporativa. Destaque para a decisão sobre os dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4), que deve ocorrer na quinta-feira (25), além da divulgação dos números da Vale (VALE3) na quarta-feira (24).

• Resultado do 1T24 da Vale pode traçar novos rumos no mercado brasileiro. Analistas vão comentar as perspectivas para os papéis da Vale após a divulgação do 1º balanço do ano. Inscreva-se AQUI para a transmissão gratuita.

O dólar tinha leve alta frente ao real nos primeiros negócios de hoje, em linha com os ganhos moderados da divisa norte-americana no exterior, conforme investidores aguardavam mais dados econômicos dos Estados Unidos para prever os próximos passos do Federal Reserve.

Day Trade:

• Azul (AZUL4), Petz (PETZ3) e mais 6 ações para vender nesta segunda (22) e buscar até 7,8%
• Petrobras (PETR4) pode saltar até 2% após sinal verde para dividendos extras; veja o que comprar hoje (22)

Radar do Mercado:

• Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Embraer (EMBR3) e outros destaques desta segunda (22)

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta segunda (22)

Petrobras (PETR4) deve pagar 50% dos dividendos

A novela dos dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4) parece estar chegando nos capítulos finais. O Conselho de Administração da estatal aprovou a liberação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido retidos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já deu o seu aval.

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Análise Técnica

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Mercados

A saída da AES Brasil (AESB3) para gerar valor ao acionista no curto prazo, segundo Genial

Os conselheiros chegaram à conclusão de que o pagamento não vai comprometer a capacidade de investimento da companhia. Agora, a proposta precisa passar pela Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para quinta-feira (25).

Ao todo, a empresa possui na reserva de dividendos R$ 43,9 bilhões. Ou seja, caso a Petrobras pague, o montante que irá para o acionista será de R$ 21,5 bilhões, sendo que desse total R$ 6 bilhões irão para o governo.

Mateus Haag, analista da Guide Investimentos, pondera que o impacto da notícia é marginalmente positivo, tendo em vista que a retenção foi inicialmente motivada pelo receio de que a estatal não tivesse recursos para cumprir seus investimentos.

“No entanto, isso se mostrou infundado. Portanto, o conselho agora decidiu distribuir metade. Considerando a recente valorização das ações da Petrobras, acreditamos que o mercado já antecipava em parte essa distribuição. Esperamos que, ao longo do ano, os dividendos retidos sejam distribuídos em sua totalidade”, avalia.

Temporada de balanços dando as caras

A temporada de balanços do primeiro trimestre de 2024 (1T24) está para começar, com Usiminas dando largada amanhã (23), enquanto Assaí, Neoenergia e Vale divulgam seus números na quarta-feira (24), seguidos por Klabin e Multiplan na quinta-feira (25), e Quero-Quero e Hypera na sexta-feira (26).

Com destaque para a Vale, analistas estão pessimistas com os números. O Safra estima que a empresa reportará uma geração de caixa (EBITDA) de US$ 3,4 bilhões no 1T24, uma queda de 50% comparada ao trimestre e 13% abaixo do consenso estimado de US$ 3,9 bilhões.

“Acreditamos que os resultados serão impulsionados principalmente pelos preços realizados de finos de minério de ferro, em US$ 99/t (5% abaixo do consenso) e custo caixa C1, incluindo compras de terceiros a US$ 26,7/t (4% acima)”, ponderam.

Embraer (EMBR3) aumenta carteira de entregas no 1T24

A Embraer (EMBR3) entregou 25 jatos no primeiro trimestre de 2024, aumento de 67% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 15 aeronaves, mostra documento enviado ao mercado na sexta-feira (19).

Segundo a empresa, a Aviação Executiva apresentou um crescimento robusto de entregas, saltando de oito para 18 jatos durante o período.

“Esse número de entregas representou o melhor primeiro trimestre da unidade em 8 anos, e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior”, completa.

Na Aviação Comercial, por sua vez, as entregas ficaram estáveis em sete aeronaves.

Mateus Haag avalia os números como neutros, visto que tanto as entregas vieram em linha com o histórico. “O backlog teve forte crescimento de 13% contra o trimestre passado: dentro do esperado”, explica.

• 30 anos do Plano Real: o Money Times entrevistou Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, fundador e sócio da Rio Bravo Investimentos, um dos economistas mais reconhecidos do Brasil e que ajudou a formular o plano. Confira: 

Cosan (CSAN3) vende 33,5 milhões de ações da Vale (VALE3)

A Cosan (CSAN3) comunicou, após o fechamento do mercado na sexta-feira (19), que vendeu 33,5 milhões de ações da Vale (VALE3).

Os papéis representam 0,78% do capital social votante da companhia, com quitação de aproximadamente R$ 2 bilhões do saldo remanescente do endividamento e liquidação dos derivativos, atrelados às ações acima mencionadas, ambos parte da estrutura de collar financing contratada pela Cosan.

Com a conclusão do acordo, a Cosan passou a deter participação direta de 4,14% do capital social total votante da Vale, enquanto a participação atrelada ao collar financing foi completamente liquidada.

• LEIA TAMBÉM: Como ficam os investimentos em VALE3 depois da divulgação dos resultados de 1T24 da companhia?

Lula lança programa para reestruturar mercado de crédito

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem previsto para esta segunda-feira (22) o lançamento do Programa Acredita.

Segundo o governo, o programa trará uma série de iniciativas de apoio ao empreendedorismo, por meio de novas medidas de crédito e renegociação de dívidas para pequenos negócios. Com isso, deve ser reestruturado parte do mercado de crédito no Brasil.

Serão criadas linhas de crédito para públicos variados. Por exemplo, para os microempreendedores individuais e microempresas, a iniciativa traz o Procred 360, uma linha de crédito especial, com taxas de juros competitivas, voltada a MEIs e Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil.

O programa também institui o Desenrola Pequenos Negócios, que vai permitir a renegociação de dívidas para MEIs, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.