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Ibovespa (IBOV) abre em queda com entrada dos EUA no conflito do Oriente Médio; 5 coisas para saber ao investir hoje (23)

23 jun 2025, 10:09 - atualizado em 23 jun 2025, 10:09
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Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira (23). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta segunda-feira (23) em queda com os mercados atentos à escalada das tensões no Oriente Médio com a entrada dos EUA no conflito.

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,05%, aos 137.045,79 pontos.



O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações desta segunda-feira, conforme os investidores aguardavam com nervosismo por uma possível retaliação do Irã ao bombardeio dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, com temores de impacto sobre os preços do petróleo.

No mesmo horário, a moeda norte-americana recuava 0,02% ante o real, a R$ 5,4900.

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta segunda-feira (23): 

1 – EUA alia-se a Israel e ataca Irã

No sábado à noite, os EUA entraram oficialmente na guerra entre Israel Irã, atacando três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. O presidente Donald Trump declarou que a ação visa impedir que o Irã avance em seu programa de armamento nuclear.

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que o país usará “todos os meios necessários” para se defender. Em publicação nas redes sociais, ele classificou os ataques como “ultrajantes” e prometeu que terão “consequências eternas”.

Para Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research, a ofensiva coordenada dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas no fim de semana impôs um dos maiores retrocessos já vistos no programa atômico do país, empurrando-o “décadas para o passado”.

A operação, que envolveu bombardeiros furtivos, mísseis Tomahawk e um esquema de distração para enganar radares civis, complementa os ataques anteriores de Israel, que já haviam eliminado parte da infraestrutura e cientistas-chave do regime.

2 – Economistas ajustam projeção da Selic para cima e cortam inflação

Os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a projeção para a Selic de 14,75% para 15% ao final de 2025, mostra o Boletim Focus desta segunda-feira (23).

O movimento vem após o Comitê de Política Monetária (Copomelevar a taxa básica em 0,25 ponto percentual na reunião da semana passada.

No comunicado, os diretores indicaram a interrupção do ciclo de alta de juros, mas reforçaram que permanecem vigilantes e dispostos a retomar o aperto monetário, se necessário. O mercado agora aguarda mais detalhes sobre a decisão na Ata do Copom, que sai nesta terça-feira (24).

Para os anos de 2026, 2027 e 2028, as perspectivas do Focus para a Selic permanecem em 12,50%, 10,50% e 10%, respectivamente.

A aposta para a inflação de 2025, por sua vez, foi cortada pela quarta semana seguida, de 5,25% para 5,24%. Para 2026 e os dois anos seguintes, as expectativas são de respectivos 4,50%, 4,00% e 3,83%.

Já para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas esperam crescimentos maiores neste e no próximo ano, de 2,21% e 1,85%. Para 2027 e 2028, as projeções para a economia do país seguem em 2,00%.

As expectativas para o dólar apontam para câmbio na casa dos R$ 5,72 em 2025. A expectativa é de R$ 5,80 tanto para 2026 quanto para 2028, e de R$ 5,75 para 2027.

Confira as projeções.

3 – Petróleo avança após entrada dos EUA no conflito do Oriente Médio

O preço do petróleo sobe mais de 1% nesta segunda-feira (23) após a entrada dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã.

Por volta das 8h25 (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, avançavam 1,23%, a US$ 76,42 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já o contrato do WTI, referência no mercado dos EUA, para julho subiu 1,15%, a US$ 74,69 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex), nos EUA.

O avanço da commodity reflete a preocupação dos mercados com a escala das tensões no Oriente Médio. O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou na noite de sábado (21) que havia se juntado a Israel em um ataques às instalações nucleares do Irã.

Em resposta, 0 Parlamento do Irã aprovou no domingo (22) o fechamento do Estreito de Ormuz  por onde passa cerca de 25% de toda produção global do produto  segundo veículos de imprensa locais. Vale lembrar que o Irã é o terceiro maior produtor de petróleo da Opep.

A medida ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor.

4 – Marfrig (MRFG3) anuncia retomada de assembleia para votar fusão com a BRF (BRFS3)

Marfrig (MRFG3) informou ao mercado, nesta segunda-feira (23), a retomada da Assembleia Geral Extraordinária que votará a fusão com a BRF (BRFS3), inicialmente prevista para 18 de junho. Na última semana, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a AGE.

De acordo com o comunicado, a assembleia ocorrerá no dia 14 de julho, às 11 horas (horário de Brasília).

A data e horário anunciados consideram a divulgação pela BRF de que a sua Assembleia Geral Extraordinária, para deliberar sobre a incorporação pela Marfrig, será realizada também em 14 de julho, às 09 horas (horário de Brasília).

Ou seja, ambas as AGEs ocorrerão no dia 14 de julho de 2025, pela manhã.

5 – Minerva (BEEF3) homologa aumento de capital e garante R$ 2 bilhões

O conselho de administração da Minerva (BEEF3) aprovou a homologação do aumento de capital no montante de R$ 2 bilhões, com a emissão de 386,8 milhões de novas ações ordinárias.

A operação do aumento de capital obteve aprovação em assembleia-geral extraordinária em 29 de abril e previa uma subscrição parcial, com valor mínimo de R$ 1 bilhão, no entanto, a companhia atingiu o montante máximo previsto.

Ainda, como vantagem adicional, há atribuição de 193.424.846 bônus de subscrição. Os acionistas que aderiram à oferta recebem o bônus na proporção de 1 para cada 2 ações subscritas (compradas).

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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