Ibovespa (IBOV) abre em queda de olho nas negociações comerciais e fiscal; 5 coisas para saber ao investir hoje (23)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (23) em queda de olho nas negociações comerciais, relatório de despesas e desenrolar das tensões entre Estados Unidos e Brasil.
Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,04%, aos 133.977,03
pontos.
O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações de hoje, conforme os investidores reagiam ao anúncio do presidente Donald Trump de um acordo comercial com o Japão, enquanto seguem de olho nas tensões recentes entre o Brasil e Washington.
No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,13%, a R$ 5,5742 na venda.
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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta quarta-feira (23):
1 – Novos acordos animam os mercados
Trump anunciou um acordo comercial com o Japão que, segundo ele, resultará em um investimento de US$ 550 bilhões nos EUA e no pagamento de uma tarifa recíproca de 15%. Também foram anunciados detalhes do acordo com a Indonésia, com corte de tarifas e barreiras não tarifárias e taxa americana caindo de 32% para 19%.
Em uma postagem em sua rede social, o presidente afirmou que o Japão se abrirá ao comércio de carros, caminhões, arroz e certos produtos agrícolas, entre outros itens.
O anúncio de Trump foi feito após uma reunião com o principal negociador de tarifas do Japão, Ryosei Akazawa, na Casa Branca nesta terça-feira, de acordo com o jornal Asahi.
2- Acordo com China também está no caminho
O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, visitará a Suécia de 27 a 30 de julho para uma nova rodada de negociações econômicas e comerciais com autoridades norte-americanas, informou o Ministério do Comércio da China nesta quarta-feira.
Os dois lados continuarão as consultas com base nos princípios de “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação em que todos ganham”, disse o ministério em um comunicado.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na terça-feira que se reunirá com autoridades chinesas em Estocolmo para discutir uma prorrogação do prazo para a negociação de um acordo comercial, ao mesmo tempo em que descreveu o comércio com a China como “em uma boa situação”.
A China tem um prazo até 12 de agosto para chegar a um acordo duradouro com a Casa Branca ou correrá o risco de tarifas mais altas dos EUA.
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3- Mercado brasileiro ainda digere relatório de despesas
O mercado ainda digere o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre.
Ao contrário do que se esperava, o congelamento nos gastos do orçamento de R$ 31,3 bilhões passou para R$ 10,7 bilhões. Trata-se de uma diferença de R$ 20,6 bilhões em relação ao relatório anterior.
Com isso, houve um aumento do bloqueio e uma reversão completa do contingenciamento anunciado pela equipe econômica.
Por outro lado, houve uma melhora na previsão de déficit primário em 2025, que passou de R$ 51 bilhões para R$ 26,3 bilhões, e permanece dentro do intervalo de tolerância de 0,25 pp do PIB para mais ou para menos.
4- Vale (VALE3): Produção de minério se recupera no 2T25
A Vale (VALE3) divulgou relatório referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25) com alta na produção de minério de ferro, cobre e níquel.
A produção de minério de ferro somou 83,5 milhões de toneladas (mt), elevação de 23,6% frente ao trimestre passado e de 3,7% em relação ao ano passado.
De acordo com a companhia, o segundo trimestre foi marcado por um sólido desempenho em todos os segmentos de negócio.
“No minério de ferro, a combinação de novos ativos em ramp-up e a maior confiabilidade operacional está suportando a maior aderência ao plano de produção de 2025”.
Por outro lado, a Vale viu as suas vendas caírem 3,1%, para 77 milhões de toneladas métricas. Houve queda em todos os segmentos de minério, incluindo os finos e as pelotas, cujas vendas caíram 15,6%.
A mineradora diz que isso é parte da estratégia de otimização do portfólio de produtos, com a concentração de minérios na China implicando em prazos de entrega mais longos e a recomposição de estoques após as restrições de produção e embarque no primeiro trimestre.
5- WEG (WEGE3) lucra R$ 1,59 bilhão no 2T25 com alta nas vendas externas
A WEG (WEGE3) registrou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), mostra balanço. Em relação ao mesmo período de 2024, houve alta de 10,4%. Na comparação trimestral, o resultado avançou 3%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mensura o potencial de geração de caixa operacional, chegou a R$ 2,26 bilhões no 2T25, alta de 6,5% na comparação anual e crescimento de 4% frente ao 1T25.
A margem Ebitda de 22,1% foi 0,8 ponto percentual menor do que no 2T24, mas 0,5 ponto percentual superior ao trimestre anterior.
A receita operacional líquida apresentou crescimento de 10,1% sobre o segundo trimestre de 2024, atingindo R$ 10,21 bilhões, com leve alta de 1% no mercado interno e salto de 17,3% no mercado externo.
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*Com informações de Reuters