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Ibovespa (IBOV) abre em queda após dados de inflação dos EUA e à espera de Haddad; 5 coisas para saber ao investir hoje (27)

27 jun 2025, 10:12 - atualizado em 27 jun 2025, 10:12
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Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira (27). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (27) em queda após divulgação dos dados inflação dos Estados Unidos e à espera de falas de Fernando Haddad para a Globonews.

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,44%, aos 136.511,97
 pontos.



O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta sexta-feira, conforme os investidores aguardavam dados de inflação nos Estados Unidos em busca de sinais sobre a trajetória da taxa de juros, além de comentários do ministro da Fazenda e de diretor do Banco Central.

Após a publicação dos dados americanos, porém, a moeda norte-americana aprofundou quedas e recuava 0,43% ante o real, a R$ 5,4660, por volta das 9h50 (horário de Brasília).

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta sexta-feira (27): 

1 – Acordo comercial entre EUA e China fecham a semana

Na noite de quinta-feira (26), uma autoridade da Casa Branca informou que os EUA e a China chegaram a um entendimento para agilizar os embarques de terras raras chinesas. “O governo e a China concordaram com um entendimento adicional sobre uma estrutura para implementar o acordo de Genebra”, afirmou a fonte.

Durante as negociações comerciais realizadas em maio, em Genebra, a China se comprometeu a remover contramedidas não tarifárias impostas aos EUA desde 2 de abril. No entanto, permanecia incerto como algumas dessas medidas seriam efetivamente revogadas.

Apesar do compromisso, o acordo de Genebra não avançou, devido às restrições impostas por Pequim às exportações de minerais essenciais. Em resposta, o governo Trump adotou seus próprios controles de exportação, bloqueando o envio de software de design de semicondutores, aeronaves e outros produtos para a China.

No início de junho, Trump afirmou que havia um novo entendimento: China forneceria ímãs e minerais de terras raras, enquanto os EUA permitiriam a entrada de estudantes chineses em suas universidades.

2 – Inflação dos EUA sobe 0,1% em maio e vai a 2,3% em 12 meses

O índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) subiu 0,1% em maio. O PCE foi a 2,3% em um ano — ainda acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed).

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo da inflação avançou 0,2% no quinto mês de 2025. No acumulado de 12 meses, os preços foram a 2,7%.

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava alta de justamente 0,1% no mês e avanço anual de 2,3%. Já no núcleo, os números diferem das projeções de 0,1% e 2,6%, respectivamente.

O PCE de maio veio após o índice subir 0,1% no quarto mês do ano e 2,1% em 12 meses. O núcleo, por sua vez, registrou avanços de respectivos 0,1% e 2,5% na leitura de abril.

3 – Taxa de desemprego cai a 6,2% no tri até maio e Brasil tem recorde de emprego com carteira

A taxa de desemprego brasileira ficou abaixo do esperado nos três meses até maio e o emprego com carteira assinada bateu recorde no período, mantendo o mercado de trabalho sólido e como um fator de sustentação da atividade econômica.

Dados divulgados mostraram que a taxa caiu a 6,2% no período, de 6,8% no trimestre imediatamente anterior, até fevereiro. No mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego foi de 7,1%.

A leitura ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 6,4% e ainda marcou o nível mais baixo desde o final do ano passado, quando também ficou em 6,2% no trimestre até dezembro, bem como a menor taxa da série para um trimestre encerrado em maio.

4- À espera de falas do Haddad

Na parte da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dá uma entrevista à GloboNews. Ele deve comentar sobre a derrota do Governo no Congresso, após os parlamentares derrubaram o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A equipe econômica contava com a arrecadação extra para tentar equilibrar as contas públicas; a estimativa de arrecadação era de R$ 10 bilhões em 2025. Agora, o governo avalia medidas alternativas para compensar essa perda de arrecadação.

5 – Casas Bahia (BHIA3): Mapa Capital assina com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bi e pode adquirir posição majoritária

Casas Bahia (BHIA3) informou ao mercado que a gestora de participações Mapa Capital acertou acordo para adquirir as debêntures de segunda série da décima emissão da companhia junto ao Bradesco (BBDC4) e ao Banco do Brasil (BBAS3). Com isso, a Mapa deve adquirir participação majoritária na companhia.

Segundo o documento, foi firmado um Memorando de Entendimentos não vinculante entre as partes. Dessa maneira, a Mapa Capital negocia comprar todas as dívidas, de cerca de R$ 1,6 bilhão, conversível em ações, que vinha sendo negociada pela varejista com os bancos.

O Grupo Mapa pretende realizar a conversão das debêntures conversíveis em ações ordinárias logo após a efetivação da transferência, obter a aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o início do período de conversão.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.