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Ibovespa (IBOV) abre em queda, com balanços e Fed no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (30)

30 abr 2024, 10:15 - atualizado em 30 abr 2024, 10:15
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Ibovespa (IBOV) abre pregão que antecede feriado em queda, com temporada de balanços no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (30) em queda, recuando 0,31%, a 126.955 pontos, por volta das 10h10. Na véspera, o índice fechou em alta, marcada pelo salto de mais de 30% das ações da Casas Bahia (BHIA3), após a rede de varejo pedir recuperação extrajudicial.

Está no radar dos investidores a temporada de resultados, com Santander abrindo o 1T24 dos bancões. Amanhã (1º), enquanto a Bolsa estará fechada devido ao feriado do Dia do Trabalho, nos Estados Unidos acontece a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

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O dólar subia frente ao real nos primeiros negócios desta terça-feira (30), com investidores evitando tomar risco antes do feriado do Dia do Trabalhador no Brasil, na quarta, quando também será anunciada a decisão de política monetária do Federal Reserve.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa hoje (30)

Feriado com reunião do Fed deixa investidores em alerta

Amanhã, parte dos mercados estarão fechados devido ao feriado do Dia do Trabalho (1º de maio). Mas o pregão antes do descanso promete ser de cautela.

Os investidores estão preocupados com a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). A expectativa é de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros no atual intervalo de 5,25% e 5,50%.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que o foco estará na nuance do discurso de Jerome Powell durante sua coletiva de imprensa após a decisão. “Embora um tom mais cauteloso já seja antecipado, somente uma mudança drástica em sua abordagem poderia trazer surpresas”, avalia.

Economistas mantêm previsões para a inflação

Os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano e seguem apostando em corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião.

Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 permaneceram em 3,73%. Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficaram em 3,60%. Para os demais anos, seguem as mesmas projeções de 3,50%.

Vale lembrar que a previsão de inflação dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Já a Selic deve encerrar o ano em 9,50%, como projetado na semana passada. A novidade é que subiu a projeção para 2026, passando de 8,50% para 8,63%. Já para 2025 e 2027, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 9% e 8,50% ao ano, respectivamente.

Santander (SANB11): Lucro salta 41% no 1T24, a R$ 3 bilhões, e supera projeções

Santander (SANB11) registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), de acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira (30).

O valor representa uma alta de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023, quando o banco privado registrou ganhos de R$ 2,14 bilhões. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a companhia apresentou um avanço de 37,1%.

Para Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, o impacto dos números reportados é marginalmente positivo. Ele destaca que os resultados ficaram cerca de 5% acima do esperado e mostram um forte crescimento na comparação anual, impulsionados pela recuperação da margem com clientes e redução da inadimplência.

“Com a recuperação da economia, acreditamos que a recuperação do crédito e redução da inadimplência devem continuar”, pondera.

Produção de petróleo e gás da Petrobras (PETR3;PETR4) sobe 3,7% no 1T24

Petrobras (PETR3;PETR4) produziu 2,7 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e gás totais no primeiro trimestre de 2024, alta de 3,7% em relação ao ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (29).

Na comparação com o quarto trimestre, a produção da companhia caiu 5,4%, no entanto.

Segundo a empresa, o primeiro trimestre saiu como o planejado. A Petrobras destaca que o ramp-up (recuperação) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos (11) e Santos (8) ajudaram a impulsionar o número.

O analista Mateus Haag, também da Guide, avalia os números como negativos, tendo em vista que a produção caiu 5,4% na comparação trimestral.

“Parcialmente era esperado uma queda, contudo, paradas para manutenção também impactaram o resultado. O segmento de refinarias apresentou queda de 4% nas vendas e 2% na produção. O principal fator foi menor venda de diesel e gasolina que foram impactados por questões de sazonalidade e maior participação de álcool”, avalia.

Campos Neto rebate críticas de que BC serve ao mercado

Ontem, o presidente do banco central, Roberto Campos Neto, criticou da visão de que a autoridade monetária trabalha para servir ao mercado financeiro.

“Essa é uma tese antiga e ultrapassada”, disse durante uma palestra promovida pelo Insper, em São Paulo.

Campos Neto aproveitou a ocasião para alertar sobre o risco fiscal, não só no Brasil, mas no mundo em geral. “A gente não vê globalmente um debate muito maduro sobre a necessidade de fazer o fiscal”, afirmou.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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