Mercados

Ibovespa (IBOV) amplia perdas com queda do petróleo; dólar supera R$ 5,20

01 ago 2022, 15:00 - atualizado em 01 ago 2022, 15:05
Petróleo
Índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,1%. (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Após operar no azul no início do dia, o Ibovespa (IBOV) ampliou perdas com a piora das Bolsas globais nesta segunda-feira (1).

Por volta das 14h40, o principal índice acionário brasileiro recuava 1,2%, aos 101,9 mil pontos. O dólar à vista avançava 0,49%, a R$ 5,1980.

As ações europeias caíram arrastadas pelo setor de energia em meio a temores de uma desaceleração econômica global intensificados por dados econômicos chineses decepcionantes e pela contração na atividade manufatureira da zona do euro.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,1%, revertendo ganhos de mais cedo ao fim de um pregão volátil. Em Wall Street, os índices caíam mais de 0,5% por volta das 14h40 (horário de Brasília).

Fábricas nos Estados Unidos, Europa e Ásia tiveram dificuldades para ganhar impulso em julho, à medida que a demanda global reduzida e as restrições chinesas contra a Covid-19 afetaram a produção, mostraram pesquisas que alimentaram temores de uma recessão.

Ainda na Europa, as ações de energia caíram 1,5%, quebrando seis dias consecutivos de ganhos, com os preços do petróleo em forte queda após os dados globais de manufatura.

A dinâmica da commodity afeta as cotações das petroleiras na B3, com Petrobras (PETR4) recuando 1,6%.

“O quadro pintado está parecendo cada vez mais sombrio para a União Europeia, e uma análise detalhada dos números mostra vendas mais baixas, taxas decrescentes de novos pedidos e exportações e grandes aumentos nos estoques”, disse Stuart Cole, macroeconomista-chefe da Equiti Capital.

“A expectativa é de que os fabricantes cortem ainda mais a produção daqui para frente.”

Dólar e Selic

O dólar oscilou entre queda de 0,87% e alta de 0,57% até o início da tarde desta segunda.

Os menores patamares do dia refletiram movimento internacional de venda de dólares, com um índice da moeda norte-americana frente a uma cesta de rivais fortes caindo 0,55% nesta tarde, conforme investidores moderavam apostas sobre a trajetória de aumentos de juros pelo Fed.

Mas compras de dólares por importadores e uma recomposição de posições defensivas de agentes financeiros –que aproveitavam o recente barateamento da moeda norte-americana– levaram a uma reversão das perdas de mais cedo no mercado brasileiro, explicou Jefferson Rugik, presidente executivo da Correparti Corretora.

O dólar teve baixa acumulada de 5,91% na semana passada, e, no mês de julho, a moeda cedeu 1,12%, revertendo ganhos depois de ter chegado a contabilizar alta de até 5,09% no período.

A política monetária também era foco no mercado local nesta segunda-feira, com investidores à espera da reunião de dois dias do Banco Central, que se encerrará na quarta.

No encontro, a taxa Selic deve ser elevada em 0,50 ponto percentual, a 13,75% ao ano, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.

*Com informações da Reuters

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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