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Ibovespa (IBOV): Mal menor evitado? Por que o índice subiu 1,17% nesta quarta

17 maio 2023, 17:12 - atualizado em 17 maio 2023, 17:31
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Ibovespa fechou em alta repercutindo o arcabouço fiscal (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) conseguiu se afastar dos riscos da última sessão, quando caiu 0,77%, e fechou em alta de 1,17%, a 109.460 pontos. Os mercados reagem à votação de urgência do arcabouço fiscal, que deve ir ao plenário na próxima quarta-feira.

Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, diz que os investidores seguem comprando bolsa, porém com menos volume que na semana anterior.

Segundo Dan Kawa, diretor de investimentos na TAG, os mercados no Brasil continuam interpretando que um risco de curto prazo, ou o risco de um evento ainda pior, foi retirado do cenário.

Para ele, “a postura do Congresso, que está tentando se colocar como ‘guardião’ dos avanços do país, tem ajudado o mercado a retirar os excessos de prêmio de risco dos ativos locais”.

Outro fator que impulsionou o índice foi o minério de ferro. A commodity atingiu sua maior cotação em mais de três semanas depois que a China divulgou uma valorização dos imóveis residenciais pelo terceiro mês consecutivo, um sinal positivo para a demanda por aço.

O setor de siderurgia e mineração subiu forte, o que também impulsionou a alta de Vale (VALE3) no pregão de hoje.

Já as ações de Petrobras (PETR4) caíram após a alta de ontem, principalmente por incertezas com relação ao novo modelo de política de preços estabelecido pela diretoria da companhia.

Outros papéis que se destacam entre as altas são Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), que subiram pela expectativa da queda no preço do querosene de aviação com a mudança de política de preços da Petrobras.

“Podemos destacar a continuidade da queda de MGLU3 após a divulgação do balanço no dia de ontem. Os investidores continuam se desfazendo do papel demonstrando medo e incertezas com a companhia após o aumento de despesas operacionais e um prejuízo líquido acima do esperado”, completa Caumont.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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