Comprar ou vender?

Ibovespa (IBOV) não para de cair; o que analistas recomendam fazer com as ações da dona da Bolsa?

14 ago 2023, 16:03 - atualizado em 14 ago 2023, 16:57
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Ibovespa está no caminho de marcar a pior sequência em quase quatro décadas (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) caminha para seu décimo pregão seguido de queda. Se confirmada a nova baixa nesta segunda-feira (14), o índice de referência da Bolsa brasileira marcará a pior sequência em quase quatro décadas.

A expectativa de um rali após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de realizar o primeiro corte da Selic em três anos foi por água abaixo – ou adiada, por enquanto.

A verdade é que agentes financeiros estavam na esperança pelo empurrão que o ciclo de flexibilização de juros poderia dar ao mercado de ações local. No entanto, desde a última reunião das autoridades monetárias do Banco Central, o Ibovespa engatou uma espiral de quedas que o jogou de volta à linha dos 116 mil pontos.

Analistas defendem, no entanto, que não é momento para se entregar ao pessimismo. Ao Giro do Mercado na última sexta (11), Matheus Spiess, da Empiricus Research, explicou que, historicamente, o primeiro mês posterior ao início de um ciclo de flexibilização monetária tende a ser negativo.

“Mas isso não muda a trajetória de 12 meses em si, que costuma ser positiva”, afirmou. Veja a entrevista completa aqui. 



É o momento de investir na dona da Bolsa?

Apesar do desempenho fraco do Ibovespa no mês, analistas avaliam a B3 (B3SA3) como uma boa opção de investimento, principalmente após os resultados do segundo trimestre do ano mostrarem melhorias em algumas linhas, com tendências positivas à frente.

Para o Itaú BBA, a B3 parece estar traçando o caminho certo. Do balanço, a instituição destacou os números positivos de volumes, com aumento da média de preços negociados e maior contenção de custos.

“Isso pavimenta o caminho para um aumento substancial dos resultados assim que os volumes começarem a ganhar tração no segundo semestre de 2023”, afirmaram Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, do time de análise do BBA, em relatório divulgado na última semana.

Para os próximos resultados, o BB Investimentos espera ver um avanço nos números da empresa, especialmente nos volumes negociados do segmento Listado, conforme o ciclo de corte de juros evolui, levando a um eventual reaquecimento do mercado de capitais no Brasil.

Essa tese também é comprada pela Genial Investimentos, que acredita que um ambiente de juros mais baixos “deve propiciar um mercado de capitais mais pujante”.

“O desempenho da maior parte dos produtos da B3 tende a melhorar em um cenário de juros mais baixos. Entendemos que a B3 é um dos principais veículos para surfar o afrouxamento da Selic dentro de nossa cobertura do setor financeiro, inclusive compondo nossa carteira recomendada Top Ações”, acrescentou a corretora.

Potencial da ação

O BB e a Genial têm recomendação de compra para as ações da B3, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 15,90 e R$ 17,20.

O Itaú BBA tem recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com alvo de R$ 17. Em relatório, a instituição destacou ainda que a ação é negociada a um múltiplo atrativo de 15 vezes P/L (preço sobre lucro) ajustado para 2024, ante média histórica de 20 vezes.

O Santander também tem classificação de outperform para a B3, mas com preço-alvo de R$ 15.

E o Bank of America (BofA) manteve a recomendação de compra após os resultados. Para o banco, a B3 é a principal beneficiária de juros menores no Brasil.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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